quarta-feira, 16 de março de 2011

Diário de um Garimpeiro


Nós que criamos a nossa própria história.

ÍNDICE

1 –  História de infância;
2 –  A casa de Maria de Fernando;
3 –  A Panha do café no Brongo;
4 –  Travessuras de Crianças;
5 –  Um domingo de espera;
6 –  A toca da Onça;
7 –  Histórias do Senhor Antonio;
8 –  As histórias de Zelão;
9 –  Natureza conspira a meu favor;
10 – Viagem a Palmeiras;
11 – Curiosidades do Ribeirão;
12 – Chifre em Cabeça de Cavalo;
13 – Chegamos ao Poço das Pedras;
14 – As histórias de Dona Ilda;
15  – Os Marotos;
16  – Os alevinos do Riacho entre as Pedras;
17 – Realidades e fantasias de nosso povo;
18 – Revelação;

19 – O raiar do Dia;

20 – Pressentimento às três da tarde;

21 – Micaxisto Ribeirão;

22 – Objeto não identificado.

23 – O Brongo de Guiu.


HISTORIAS DE INFÂNCIA
  
  Mais um dia de fortes emoções na construção da casa que fica acima da casa do velho Odilho. Era um agito alguém carregava um adobão aqui, outro ali e meu pai sempre de olhos atentos nos trabalhos de construção.
   Além de dar sugestões, também colocava a mão na massa e dava conta do recado. Lembro que toda tardezinha os pássaros ficavam a cantar e ainda tinha algo misterioso que assoviava numa das peças de madeira colocada na casa.
   Lembro-me de um senhor chamado Neco Bandeira, animado, dava cada gaitada e só nos chamava de canário e canarinho.
   Toda tarde quando davam três horas, eu e meu irmão, pegávamos o quente-frio pra levar café. Dava uma alegria em saber que a nossa casa estava quase pronta, além de nos deliciarmos nas histórias de senhor Neco Bandeira, que contava com um entusiasmo incrível dava gosto si ouvir.
   Os dias iam se passando e Nado e Nido cresciam junto com aquela construção.   Para nós cada cantinho tinha um significado especial. Éramos pequenos mais percebíamos que uma história ali começaria.
   Com a casa pronta, todo mundo alegre. Meu pai José Antonio, Minha Mãe Deurides (Nice) estavam muito alegres, pois a casa tinha uma vista bonita, que dava de cara pra uma baixa onde tinha pés de jacá, caju, coco.  de dendê etc. Lembro das brincadeiras de criança que eram tantas, mas uma marcou muito.    
   Foi quando estávamos brincando de picula e um colega chamado Edison filho de Senhor Dau. Ele veio correndo e tinha um fio de arame esticado na cerca e não percebeu. Foi quando todos tomaram um susto em ver um colega todo riscado pelo arame farpado.
   Ficamos desesperados e imediatamente ouvir uma voz lá na cabeceira, que dizia. Reinaldo e Renildo venham aqui, por favor.
   Quando nossa mãe nos chamava pelo nome, dava para perceber que a coisa seria grave. Mas, o susto passou, o nosso colega já estava melhor.
   Passaram-se alguns dias e os meninos mais uma vez ficavam nos atiçando. Perguntaram, vamos para lagoa do São Bento?
Ficava com receio, mas sempre acabava liderando a brincadeira. Tinha Nelho, Nei, Jal, Edison e outros todos moleques de dar nó em pingo d´água. Respondi, vamos e já tava com algo em mente. 
   Mandei os meninos se reunirem e dei a idéia pra eles. Vamos levar o coxo que pai bota sal pro gado, lá para lagoa de São Bento. Todos responderam é pesado demais. De acordo com nossa linguagem de um português arrastado outro já dizia topamos e finalmente, mão na massa, ou seja, mão no coxo.
   Tudo isto estava acontecendo e nossos pais nem sonhavam. Era um coxo pesado, para se deslocar precisava colocar um pau debaixo, fazer um esforço imenso até se deslocar do lugar. Levou em media meio-dia e finalmente chegamos à lagoa do São Bento. 
   Todos ficaram alegres pós finalmente chegamos ao final da nossa caminhada.  Quando colocamos o coxo na água, ele foi tratando de ir afundando imediatamente. Todos ficaram chateados, pois os nossos objetivos seriam percorrer a lagoa naquele coxo. E agora o que fazer com o coxo! Se todos os meninos foram embora. 
   Ficou Eu e Nido e o bicho era pesado pra caramba. Acabamos desistindo de trazer, ficamos com medo de tomarmos uma bronca.  Depois de algum tempo, pai descobriu e foi buscar. A sorte estava do nosso lado, que nosso pai não deu nem uma bronquinha.

A casa de Maria de Fernando

  Estávamos uma galerinha no pé de jaca roxa. Todos apressados, porque era época de seca e meu pai acostumava cortar gaias e dar pro gado. Então era subir no pé de jacá, o gado todo ficava embaixo e a pessoa que tivesse medo poderia ficar o dia todo de molho, sem arredar pé dali.
  Logo um falou! Corre! Desse daí!, que lá vem veadinha. A meninada toda correu e fomos para o monturo de tia Catarina.  
  Começamos a fotucar as cinzas, pois as pessoas diziam que tinha ouro enterrado. Uns ficavam com medo e falavam só pode ser coisa de assombração, isto não é coisa boa não.
  Num determinado momento um dos colegas olhou pra casa de Maria de Fernando, que nós pronunciávamos Fernani. Falou na
casa não tem ninguém. Tinha viajado pra Milagres, pois é ano de romaria. Partimos na direção da casa. Eu e Nido ficamos com medo.
  Quando estávamos no fundo da casa, um dos nossos colegas deu um ponta-pé na porta da cozinha e essa, foi ao chão.
   A gurizada tomou conta da casa. Quebraram um garrafão de vidro, potes, fizeram um arrazo total.  A noite chegou, todos foram pra suas casas, fingindo não ter acontecido nada. Mas a bomba estourou e meu pai ficou sabendo.
  No dia seguinte. Estávamos brincando de frente da casa. Logo em seguida, ouvimos uma voz, Reinaldo e Renildo venham cá! Levantamos já com medo e fomos atender o seu chamado. Era meu pai que estava com a palmatória na mão. Só sei que cada um recebeu dois bolos de doer até nas unhas. A partir desse corretivo pensávamos duas vezes antes de aprontar outra coisa parecida.

A panha do café no Brongo

  Lembro como hoje, era uma mula grande com dois panecuns, pai pegava Nido botava em um panecun e em seguida me botava no outro. A lagoa de frente da casa ficava cheia, pois era época de chuva pesada.
  Como éramos pequenos o caldeirão ficava imenso. A cancela em frente nos levava ao famoso brongo onde o pessoal estava panhando café. Mesmo pequeno lembro dos pés de jacás. Todos carregados até em cima, jacás maduras a rolar de ladeira a baixo.
   Tinha uma casa no meio do cafezal, onde o pessoal guardava as ferramentas. Todos na cata do café, uns catando, outros contando histórias. Como a história da toca da onça.
  Falavam que os avôs deles na época da guerra, corriam todos para a toca, dormiam até em cima de cobra. Outros vendiam suas fazendas com medo de morrerem e não gozar a vida e a guerra acabaria sem nem mesmo chegar até eles.

Travessuras de Criança

  Era uma tarde bonita, o pôr-do-sol nos atraia de tanta beleza. Estávamos brincando no cafezal, quando perguntei pra Juscelino. Vamos pegar os cavalos pra prender as vacas? Ele afirmou que sim.
  Os cavalos estavam no mangueiro da frente. Um se chamava ruziinho. Talvez pela sua pelagem e o outro era o cavalo de Hélio (o meu irmão).
  Conseguimos pegar os cavalos. Olha que nem pai estava sabendo, tudo era às escondidas.
  Chegamos ao deposito onde ficavam as selas de montaria. Éramos tão pequenos que nem alcançava o local onde meu pai guardava as mesmas.
  Sei que, colocamos os cabrestos, botamos um baixeiro e conseguir pegar um par de esporas.
  O gado estava na direção da Lagoa de São Bento como era chamada.
  Quando montamos, os cavalos se deslocaram. Etá cavalo do rojão maneiro, os passos macios que parecia estofado de carro importado.
 Entre uma chicota e outra, cavalo arisco. Descuidei e dei uma esporada. O cavalo saiu em disparada. Ruziinho o cavalo que Juscelino estava montado. Tinha fama de ser cavalo bom de gado.  
   Apesar de ser cavalo já de idade, não agüentava ver nenhum animal correr a sua frente.
   Partiu em disparada um atrás do outro.
   Meu irmão Nido estava na cabeceira vendo os cavalos disparados sem nenhum freio.
   Quanto mais tentava me assegura em cima do cavalo. Mas a espora furava e o cavalo açoitava.
   Só sei que deu um escuro nas minhas vistas. Quando voltei a si. Vir o cavalo numa cerca do outro lado da baixa com sela e tudo. Quando olhei a minha frente. Vir Juscelino com a perna quebrada. Estava chorando e sentindo uma dor tremenda. Só conseguia dizer: minha perna quebrou está doendo demais.
   Olhei para um lado e outro. O desespero era tanto que partir sem rumo e me escondir no quintal de café detrais da casa dos meus pais.
  Quando meu pai descobriu Juscelino de perna quebrada. Ficou desesperado porque não estava me vendo.
  Logo em seguida me encontrou detrais da casa. Deu-me uma bronca e tratou de trazer Juscelino pra Planaltino onde encaminharia pro local que fizesse a encanação de sua perna.
 No meio de tanto sufoco me lembrei que numa noite de são João, estávamos à meninada toda soltando fogos. Quando peguei uma cobrinha pra soltar. Joguei a cobrinha no terreiro, a mesma saiu parecendo boi em rodeio e entrou na manga da camisa de Juscelino. Fez queimaduras em seu braço e levou muitos dias até cicatrizar todo.
Um domingo de espera

 Meu pai foi para o km 100 fazer feira. Já era comum de todo domingo, pois tinha um carro de praça, uma perua. Ficamos em casa. Neste dia mãe não quis ir. Só pai e Hélio.
  Já eram umas quatro horas.
  Percebemos que pai e Hélio evinha chegando. Observamos algo estranho, pois o carro estava machucado, estavam com rostos de preocupados, pois alguns ficaram feridos.
  Chegando, pai falou pra mãe que tinha acontecido um incidente. Numa curva perto de Nova Itaipe. Hélio estava dirigindo e acabou rolando a curva de vez.     
  Este acidente mexeu muito. Pai gastou muito dinheiro e só não gastou mais, porque as pessoas sabiam que ele era gente do bem e não merecia nenhuma injustiça contra o mesmo.
  Pai sempre otimista, nunca deixava transparecer pra nós os seus problemas. Só ouvia de sua boca palavras pra frente. Nós vamos conseguir. Vou concertar o carro e a vida continua. O importante são nossas vidas. O restante conquistamos com muito trabalho.
  Em falar no km 100 lembro-me de uma visita que fizemos pra Tia Amélia.
  Pai tinha vendido uma safra de café, acho que também alguns mamotes. Resolvemos fazer uma visita pra tia Amélia. Chegamos, ela muito alegre em rever o irmão. Tudo ficou muito bem. Na volta paramos numa lanchonete. Pai pediu um guaraná eu e meu irmão pedimos uma vitamina, mãe um café. Pai colocou a bolsa em cima do balcão.
    Na saída pai procuro quanto é a conta. O homem falou o valor, ele tirou dinheiro do bolso da camisa e pagou. Quando já estávamos na estrada que pai deu por conta, tinha esquecido a bolsa com todos os seus documentos e o seu dinheiro todo.
  Voltamos imediatamente até a lanchonete. Eles falaram que não teria ficado nenhuma bolsa. Tínhamos a plena certeza que teria ficado.
  Em seguida seguimos até Brejões fomos comunicar a polícia do desaparecimento da carteira com todos os documentos de meu pai.
  Este ocorrido chocou muito. Tivemos muito prejuízo só o otimismo de pai que mais uma vez fez a diferença. A sua fé em Deus de uma maneira natural e inigualável como sempre faz a diferença.  
A toca da onça

 Segundo moradores antigos este local de pedras que meus avós chamavam de toca da onça, sérvio de esconderijo há muitos anos atrás.
  Quando era pequeno as pessoas sempre falavam da toca da onça. Mas com um ar de espanto como se tivessem algum medo ou receio daquele lugar.
  Esta caverna fica em Duas Lagoas no local onde chamamos de Brongos se perguntamos para alguns moradores se conhece a toca da onça, alguns vão dizer que já viu falar. Apenas um ou dois deve ter ido e entrado na loca que chamam de toca da onça.
  Devemos conhecer o que possui o nosso município, pois existem muitas localidades de coisas muito interessantes. 
   Ainda em Duas Lagoas existe o tanque que os moradores chamam “O CANTIDE” a curiosidade é saber como surgiu, qual o seu valor histórico, e pode está localizado no local de um grande lençol d´água que ainda não foi descoberto. 
Histórias de  Senhor Antonio
20/03/2005
   Senhor Antonio um homem que mora em Marcas, puxou conversa e falou. Nasci em Duas Lagoas, a minha terra de origem, Fiquei entusiasmado e comecei fazer perguntas. Logo, falou do velho Hemilho que tinha trabalhado para ele. Depois falou do meu Bisavô Tonan. Segundo a versão dele o meu bisavô tinha um ajudante que trabalhava na sua fazenda. Quando foi um dia, por não necessitar de seus serviços dispensou e o mesmo ficou com raiva. Preparou uma toca lha pro velho tonan, o mesmo só saia dos broncos já com a noite. Foi quando por detrás de uma moita alguém dera uma paulada na cabeça do mesmo. O pau escapole da mão e os dois rolaram no tabuleiro. Tonan já velho e fraco rolou por entre os sapés. Com o vai e vem dos ponta pés, Tonan sempre embaixo conseguiu pegar um punhal  velho,  que tava no bolso e enfiou na virilha do bandido. O mesmo foi acabando suas forças até que morreu. Todos em duas Lagoas ficaram preocupados e foram à procura do velho tonan. Já quase de noite encontram misturados com sangue e terra, mais vivo. Logo Tonan falou o miserável ta ali morto. Alguns que estavam perto falou não é aquele que trabalhava com o senhor! Sim. Alem de trabalhar comigo é meu parente. Quando saíram do tabuleiro, o velho mesmo machucado disse pra chamar a polícia, porque ele foi vítima de uma tocaia e tinha agido em legitima defesa. Tudo ocorreu bem, Tonan voltou pra sua casa, o bandido foi enterrado, tudo voltou ao normal. Ainda em conversa com o senhor  Antonio, falou das rezas que tinha em Duas Lagoas. Dizia que um homem chamado Zé Machado, um sujeito meio corcunda, só andava com o facão nas costas. Quando tomava conta de uma reza, malandro nenhum perturbava. Sempre que tinha todos procuravam Zé Machado já tinha virado tradição. Ainda falando de Avô Tonan, o senhor Antonio falou do local onde o mesmo trabalhava que tinha a distancia de mais ou menos 1 légua e meia. Segundo ele na medida em que o cão médio com o rabo, em distante de duas lagoas.
  Meu pai comentou a respeito de um dos filhos de Tonan. Conta à história que o filho de Tonan foi trabalhar no Sul da Bahia, chegando numa das fazendas o fazendeiro botou o dinheiro na boca da espingarda e mandou pegar. No segundo momento ele voltou para o galpão, molou o facão e veio receber o dinheiro. O patrão colocou o dinheiro na espingarda novamente. Só que com um golpe o facão rançou o pescoço do fazendeiro de uma das fazendas de cacau do Sul da Bahia. Acabou fugindo para Duas Lagoas.

As histórias de Zelão

  Numa conversa entre senhor Tote e Zelão fiquei de expectativa. O papo estava me agradando. Zelão falava que há muito tempo atrás em nossa região tudo era muito difícil. As pessoas não tinham condições nem de ter uma cama pra dormir. Faziam camas com varas e palhas.
  Entre uma conversa e outra, falou que tinha ganhado uma aposta. Aposta esta que foi plantar 10 litros de milho em um dia de serviço.
  Ganhando a aposta ficou com o corpo quebrado durante uma semana. Falou que há muito tempo atrás ele via uma tocha de fogo sair de um morro lá para os lados do barro vermelho e fazer mira para a lagoa da onça.
   Segundo Zelão hoje não se ver mais ouro mudando. Devido o fato de os estrangeiros ter tirado o ouro que estava naquelas terras.
  Falou ainda que lá na  lagoa da onça tinha um lugar que ninguém passava a noite.
  Este local, as pessoas viam assombrações, vultos andando a noite. O local eram duas pedras divididas por um pequeno caminho.
  Zelão falou que depois que os italianos ou estrangeiros exploraram o ouro que tinha na rocha as assombrações acabaram. Aos 93 anos o mesmo afirma: a cama é uma forma de aprisionar as pessoas, quanto mais ficamos nela mais acabamos de nos aprisionarmos. E por isso se eu não morrer daqui pra novembro vou arranjar um pedaço de terra pra fazer um plantio.  Alguns moradores comentavam que quando novo ele teria trabalhado com jagunço nas fazendas da região.
Natureza conspira a meu favor
19/07/2004.
   
  A natureza conspirou ao meu favor e dias antes fui convidado para fazer umas palestras tendo como tema principal as rochas. Nesse dia, dei 03 aulas no Colégio Estadual Manoel José de Andrade. Os alunos gostaram, talvez por ser algo novo.  Em uma das salas falei alto, claro e de bom tom, que no próximo ano pegaria 20 horas para ensinar em um dos colégios. Só que as coisas aconteceram rápido demais e em questão de dias estava naquele mesmo colégio diante de uma proposta irrecusável e sem pensar duas vezes, fui dando sim.
  Logo a noite alguma força interior me tocou e tive aquela sensação de choro mais um choro meio com tom de riso. Percebi que seria algo divino e não algo que as religiões usam para esconder de seus problemas.  E as coisas cada vez iam ficando boas. O primeiro dia de aula fiquei maravilhado com as metas de cada aluno. Tinham metas que se identificava com os meus objetivos como: comprar uma fazenda etc. Só que no virá da noite muitas coisas inesperadas aconteceram. Como se uma bomba atômica estivesse explodido e a única missão seria juntar os caquinhos de todos os estilhaços daquele acontecimento, tudo isso apenas no repousar do sol. Só que a minha mente tinha uma meta.
  Parei consultei o meu interior e arranjei forças. Vir-me fazendo coisas que antes eram condenadas por outras pessoas e até por mim mesma. Como sempre os minerais sempre presentes em minha vida. Logo após a explosão da bomba, juntando os estilhaços necessitei de dinheiro e a única coisa que tinha em mãos era uma pedra que julgava ser uma ágata de tonalidade vinho, um mineral de um preço pequeno. Só que diante de um grande aperto apelei por várias alternativas e uma delas, descobrir numa lanchonete. No momento que toquei o copo de vitamina na boca, veio na minha cabeça uma luz. Pensei, o dono dessa padaria coleciona pedras quem sabe se ele não dar os 200 reais que necessito pela pedra que está no meu bolso. Quando abaixei à cabeça a primeira coisa que vejo, o dono da padaria. Aproximei e perguntei se ainda estava colecionando pedras, imediatamente respondeu que não. E uma coceira nos dedos para mostrar aquela gema que na verdade nem era minha, mas o aperto que estava passando era tanto que não tinha uma outra solução aparente. Ao mostrar a pedra o homem gostou e ficou maravilhado.  Falou que deixará de colecionar pedras. Simplesmente dei meia-volta e pensando como arrumar aqueles 200 reais. O prazo de entrega do dinheiro seria a 19h00min horas da noite. A tarde parecia não mais  acabar e estava o meu pensamento vagando entre ruas estreitas  de poste em poste, de banco em banco, até  aposta na casa lotérica tentei. E nada simplesmente nada. Na mente só uma frase a mentalizá-la. Amanhã será outro dia, vou vencer, pois Deus está comigo. As horas iam passando e finalmente chega o tão esperado momento.  Logo cedo o dono dos componentes falou que venderia 04 chips para solucionar o sistema para a reconstrução da bomba atômica. Falou que seriam 50 reais, pensei que seria cada um. Só que para minha felicidade será 04 por 50 reais.  Já tinha preenchido o chegue no valor de 200 reais, o rapaz era tão honesto que falou, não  você só vai pagar 50 reais apenas.


Viagem a Palmeiras
13/03/2005.

  Assim que o sol raiou, tratei de aprontar o leite de Gui, em seguida cheguei à casa do meu pai, já estava preparando para nós irmos ver uma terra que estava a venda  na região da mata ma localidade das Palmeiras. Antes passamos na casa de Jovino, quando chegamos, dei de cara com uma árvore bonita de tronco grosso. Pai comentou, essa deve custar um dinheirão, falei o valor maior seria a sua presença, frondosa e cheia de vida naquela terra. Jovino perguntou. Cadê Gil? Respondi ta viajando lá para o lado da  Chapada Diamantina! Logo em seguida contou que chegou em Planaltino tempos atrás e encontrou um rapaz amarrado num pé de coqueiro, as cordas estavam tão entrelaçadas que dava pena. Chegou perto e falou se você se comportar, vou falar para seu pai lhe soltar. O menino concordou e começou a chorar. Este garoto era Gil que encontraria 18 anos depois. Entramos na  casa e a esposa dele estava na cama. Estava enrolada com uma toalha. Tratou de pegar em nossas mãos. Em seguida lembrou do meu nome e da minha primeira professora. Depois comentou do seu problema e nós ficamos dando-lhe animo, dizendo que Deus está com ela e a vida continua. Jovino chamou para cozinha, fui logo entrando. O cheiro do café nos chamava atenção, bebemos aquele café gostoso que só os de fogão a lenha tem aquele sabor.
  Pai já estava com pressa e o nosso destino seria as palmeiras. Tudo que desse do carro sentir um cheiro de ar fresco, fiquei admirado com o capim que parecia ser o nativo da região. Pensei logo, este é o sonho do meu pai. Sempre dizia que um terreno que chove inverno sempre foi o seu sonho.
   Fiquei pensando, será que este homem vai pedir muito dinheiro. Depois o homem chegou e finalmente chegaram o valor. Só que para o negócio ficar fechado dependeria da troca com o filho de Damião, que tinha garantido que faria a troca da moto por um terreno de nossa família ai a troca acabou não dando certo. Ficando assim adiada o sonho de uma terra chove inverno.

CURIOSIDADES DO RIBEIRÃO

  No meio da madrugada, acordo assustado com um trovão, que abre um espaço luminoso imenso no céu. Imediatamente um cheiro de terra molhada toma o meu olfato, deixando-me maravilhado.   Nada do relógio marcar às seis horas da manhã. Pois, a vontade de ir para fazenda era demais. Doido pra experimentar uma técnica que tinha descoberto com o meu irmão. Nessa técnica, usaria duas varinhas de metal para procurar as pedras preciosas. Técnica antes utilizada na procura de lençóis freáticos. Finalmente chegamos até a fazenda. Conversa vai, conversa vem, meu pai falou que iria fazer um poço d´água, pois as águas das chuvas não estavam sendo suficientes para sua Terra. Um poço bom poderia fornecer uma quantia suficiente de água pra suas criações. Falei de imediato, posso marcar o local. Meu pai falou só que não estou com condição agora, respondir, pode deixar que eu pago alguns dias de trabalho. Ele concordou. Ai eu e meu irmão saímos à procura de um lugar ideal. Só que Nido falou, por que tu não pede o Diamante nas varinhas hidroscópicas. Imediatamente fiquei pensativo e respondir vou mentalizar o diamante negro e a água. 
  Na minha cabeça tava tudo traçado vou pedir ou mentalizar um lençol de água que passe na encosta daquela montanha, pois quando atingir o lençol a água vai vir para o meio do poço. Só que por outro lado Nido dizia e aí ta mentalizando o diamante negro responda sim ou não. Sei que teve um local que a varinha fechou bem na encosta da montanha onde tinha mentalizado o diamante negro. Nido lembrou de um senhor que mora em Itaitê, um velho de idade, um garimpeiro experiente que falou em conversa com ele.
  Meu filho o diamante costuma aparecer com uns 10 metros de fundura no local que tem minação. Até o momento só tinha procurado cristais de quartzo. Quando Nido contou a historia do senhor que tinha conhecido comecei direcionar minhas pesquisas a procura de diamante ou esmeraldas. Minha mente cada dia que se passava despertava o interesse pelos minerais. A partir daí a minha pesquisa passou a ser mais ampla, arranjei livros, bibliografias especializadas na área. Com isso a curiosidade aumentava cadavez mais. E sempre dizendo vamos pai cavar o poço d´água que o senhor estava pensando. Ai, pai concordou, fui à procura de alguém para cavar. Encontrei Ciu de Arineu que era acostumado cavar poços na região toda.  Contratei um ajudante finalmente chegou o primeiro dia.
  Eles sempre reclamando que tava duro pra cavar. Para nós não achamos que tava fácil demais e os dias iam se passando e toda sexta-feira o dinheiro caia na mão deles. Toda vez procurava a fundura e diziam já vai a tantos metros.  O rapaz que estava cavando dizia que nunca tinha cavado um poço daquele tipo que mais parecia uma queima de carvão. Todo dia chegava em casa sujo pois o barro vinha carvão puro. Na minha cabeça deduzia, só pode ser carbono.
  Sempre querendo saber a fundura perguntei ai o rapaz falou a quantia de metros. Nido curioso com sempre foi conferi e descobriu que a metragem estava errada e estavam nos enrolando. Imediatamente resolvi despachar os trabalhadores. Logo em seguida pai contratou Bofó e outro rapaz. Os trabalhos começaram a render e numa tarde já de 3 para quatro horas, bofó chamou. Zé Antonio venha ver que pedra estranha. Pai chegou viu umas pedras pretas brilhando e ficou encantado. Mais disfarçou e falou isso é algum cascalho bravo, tratou de pegar uma amostra e trouxe pra sua casa. Eu mais Nido ficamos empolgados, pois nas nossas previsões nós procurávamos por diamante negro e aquelas pedras negras se encaixavam como uma luva em nossa experiências.
   Com os trabalhos no poço apareceram uns 50 quilos de pedras que permaneceram guardados no depósito.  Em nossas cabeças apareceram???. Com isso nosso próximo passo séria a procura de esmeraldas pura. Eu e Nido entramos em sena novamente, reviramos a terra completamente até encontrar uma pedra que o trator rancou na hora que estava arando a terra. Tudo que Nido encontrou a pedra percebeu que a mesma era verde coberta de uma espécie de óxido de ferro. O engraçado que ele tinha contado sonhei com um trator arando uma terra e que o mesmo teria escavado uma pedra muito bonita. Nido deduzio, com certeza deve ter mais abaixo e começou cavando. À medida que cavava as pedras iam aparecendo todas verdes e com aspectos de queimadas. Com poucas horas já tinha em média duas galeotas. Pensamos vamos cavar um garimpo. Respondi que sim.














Esquema da Mina do Ribeirão
feito a mão








31/ 05/2003.
  Primeiro dia de trabalho no poço. Logo perto do local onde iríamos começar, encontrei um cristal pequeno de uma transparência incrível. Achei que era da família do Berilo, possivelmente uma goshenita se verde, uma esmeralda. Ficamos animados e damos à primeira picaretada. Só vendo que sensação agradável, dava a impressão que nós estávamos voltando no tempo, onde tudo aquilo eram lavas incandescentes. Entre uma pancada e outra, no canto do barranco, começaram a aparecer pequenos grãos parecendo chumbo, Nido ficou todo animado.




08/06/ 2003

   Amostras encontradas no dia 08 de junho 2003.
   Aspecto granular de cor preta como se fosse chumbo. Porém ao passar em um papel escreve como lápis.
   Eu e meu irmão deduzimos logo que é grafite.
08/06/ 2003
Senhor Luís Canuto trouxe duas amostras. Uma de Diamante e outra de Esmeraldas. Não estava em casa só a minha esposa viu aquelas pedras fascinantes.






11/06/ 2003

   Análise de Reconhecimento.
   Amanheci com uma leve intuição sobre o poço. Consultei as varinhas hidroscopicas e nela percebi que aos 5 metros de fundura, apareceriam rochas de transportes negras e patacadas de verde.
  No mesmo dia Edmar um companheiro nosso, vem à procura de uma pedra maior. Pois tinha um advogado curioso por pedras que se interessou e queria uma maior. Só que resolvir despistar. Pois o mesmo poderia nós atrapalhar.
  Achando ser uma amostra boa o mesmo poderia até criar um registro para mina e nos atrapalhar nas nossas experiências.
  Num sábado meio chuvoso estava esperando um Senhor experiente que já havia encontrado esmeraldas em sua terra.
  Fiquei ansioso, pois as minhas tentativas anteriores foram todas sem um apoio técnico mesmo que seja amador. Que seria o caso de seu Luis;
  O mesmo falava que tinha um livro muito importante que ele chamava de “O geólogo”.  Este senhor, todo supersticioso, nunca passava por debaixo de arames e só vendo como passava com facilidade nas cercas que estava a sua frente. Ele tinha uns 70 e tantos anos mais com uma disposição de dar gosto.
  Falava das pedras que tinha encontrado foi os seus guias ou espíritos que tinha mostrado a localidade das mesmas. Falou que viu na mesa o local onde teria as pedras preciosas estaria em formato de um quadrado todo cheio de orvalho da manhã. Neste mesmo local foi que onde cavou e encontrou as pedras. Ainda em conversa, disse que essas coisas são muito perigosas, deve ter o maior segredo. Pois os saqueadores podem invadir a área e tomar posse do local e começar a garimpar. Lembrou que teria feito uma parceria com um pessoal da mineradora e este acabaram lhes roubando algumas pedras de grande valou.
     Uns dos filhos de seu Luís, um cara otimista, que afirma ter trabalhado oito anos no garimpo disse: a pedra que o pessoal da mineradora tinha carregado deles era uma pedra parecida com um lápis de seis lados e com a ponta quebrada. Ele acha que seria a maior gema de esmeralda encontrada no país. Disse que eles tinham deixado toda a aparelhagem utilizada para explorar o garimpo como: compressores, motores e até algumas armas de fogo. Falou até de um Gringo conhecido dele que traria para nos apresentar se o mesmo gostasse das amostras do Ribeirão dava para fazer uma parceria e explorar a pedraria do Ribeirão.
  César filhos de Luís Canuto um colega meu, que sempre estava tocando teclado e mantinham contados comigo sempre tinha uma pedra no bolso e deixava escapar alguma coisa. Falava que um dia chegou alguém da mineradora e estava duvidando se tinha esmeralda ou não. Ai o senhor pegou a dinamite e foi para uma rocha onde eles suspeitavam ter esmeraldas e colocou os explosivos.
   Ficaram um pouco afastados quando a pedra detonou. Segundo César no estouro as esmeraldas saíram no ar parecendo bala de hortelã. Conta que pegou alguns e conseguiu esconder e tirar da mira dos caras da mineradora. Ele conta que um dia estava cavando e tinha encontrado uma anfribole amarela feito ouro e essas pedras todas foram levadas para fazer análise em São Paulo e de lá desapareceram juntos com quem os teria levado. 

14/06/2003.

 Tudo estava preparado para mais um dia de pesquisas na mina. Marcamos para as cinco horas da manhã. Logo às cinco horas estava acordado quando abrir a porta fiquei encantado. Uma imensa lua que tomava todo o céu na minha frente.
  Em seguida passei na casa de Nido e ele já estava pronto para fazer a caminhada até a fazenda do meu pai. O local onde se encontra o poço (mina). Ainda na estrada, nós estávamos falando que a natureza quando quer ajudar alguém tudo conspira a nosso favor. Logo no término da conversa, uma coisa interessante aconteceu. Uns cincos cocás nos seguiram até a fazenda do meu outro irmão que se chama Hélio. Achamos aquilo um tanto curioso, pois a natureza tem formas e sinais que devemos ter sensibilidades suficientes para reconhecer. Finalmente chegamos a mais um dia de trabalho. 
26/12/2003.

  Mais uma pesquisa no poço. As varinhas hidroscópicas estava indicando esmeralda pura aos 12 metros de profundidade. O Senhor Luís Canuto falou que nas previsões dele não seria 6,5 e sim 10 metros e meio.
Mais um dia de trabalho

  Mais um dia de trabalho pesado e finalmente uma amostra de Esmeralda surge na Rocha. Pequena mais dava muito bem pra perceber que é significante para os nossos trabalhos.
Aspectos: cor verde sumo (escura) dando a impressão de um formato quadrado.

Sábado 24 de abril de 2004.

   Recomeçamos os nossos trabalhos. Um dia meio nublado de aspecto cinzento. Mais uma vez estávamos na luta, um pouco sem
coragem. Mas Nido como sempre estava otimista. O que me levou a despertar a minha coragem que estava adormecida.
  Quando comecei a tirar as lamas que estavam no fundo do poço, observei algo importante. Os feldspatos estavam com um tamanho bem interessante. Isto quer dizer que à medida que vamos afundando o resfriamento fica cada vez mais lento.
  No mesmo dia um colega nosso que se chama Edmar estava chegando do hospital para se recuperar de uma cirurgia muito delicada.

16/03/2005
  Encontrei Salvador um senhor que vende mercadorias numa mota ele também gosta de pedras. Há pouco tempo recebi um convite para visitar uns garimpos da Chapada Diamantina e foi o mesmo
que mim fez o convite. Só que pensei bem, ficaria muito cansativo. Puxei conversar e acabei falando que começamos a cavar um poço atrás de pedras preciosas e já estava em 8 metros de fundura, falei do veio preto que estava cortando o centro do poço. Ficou muito interessado, falando que esses veios aqui vão dar na esmeralda e no diamante. Comentou que dava para cavar uns 50 metros pra
fazer um teste, pois uma gema só deixaria qualquer um bem de vida. Como o meu irmão Nido e Eu, tínhamos desistido de continuar a cavando. A única solução é aventurar pessoas influentes ligada aos minerais. Quem sabe algum não queira continuar cavando até o veio das esmeraldas, para nós ficaria cansativo, pois já tínhamos cavado 8 metros de pura pedra e até o momento nada de interessante.
  Alguma coisa dentro de meu ego, fala em voz macia. Você vai encontrar pedras de qualidade e de grande valor naquelas terras do ribeirão. Vamos fazer uma padaria e mercearia com a fé em
  Deus vai dar certo, vamos ganhar dinheiro comprar nossa Terra (bleckstone) mas às pedras também vão aparecer. Tudo já está traçado, o momento certo, Deus está preparando um garimpeiro de coragem pra chegar até as verdinhas tão cobiçadas.
09/11/2006


   Uma manhã bonita, com aspecto alegre. Primeira pessoa que vejo, meu pai que veio buscar o seu carro. Falei um pouco com ele perguntando a respeito da chuva, me respondeu dizendo que ira para roça para ver como foi. Tomei o meu café e peguei destino ao Colégio Isaura Couto, chegando a frente ao modulo de feira, encontrei Salvador, animado, pois ele teria olhado as amostras de pedra do Ribeirão com a pedra do colega dele. Observou que a qualidade das pedras (esmeralda) do Ribeirão é ainda superior. Falou que devemos começar as escavações o mais rápido possível para pegar o subsolo meio encharcado, facilitado os trabalhos na mina.  Falei que o boi já tinha oferecido ao açougueiro. Ele me respondeu que 300 reais já estava conseguindo com as cobranças dele. Ressaltando Salvador é um vendedor do comercio informal, muito dedicado. Estamos apostando nesta parceria, pois até o momento poucos acreditaram nas minhas pesquisas sobre os minerais.    
03/11/2006.

   Um dia de domingo, uma manhã agradável acordamos às seis da manhã. Nido chamou, só que já estava acordado. Liguei o carro deixei aquecendo. Logo em seguida passamos na casa de Bel, achei engraçado porque ele falou que tinha acabado de comer uma sopa às seis da manhã. Chegamos à Fazenda Ribeirão propriedade da nossa família.  Organizamos algumas coisas pendentes para começarmos as escavações no poço. Quando chegamos à boca do mesmo fizemos à medição e a fundura estava em oito metros. Olhei logo ao fundo e percebe que tinha um sapo cururu, o nosso colega que estava disposto a cavar, ou seja, dar inicio aos trabalhos de escavação. Ficou com um pé dentro e outro fora. Para ele perder o medo, mandei Nidão mim ajudar e fui até o fundo do poço. Mas tava um monte de sapos que dava um pavor inclusive um sapo cururu. Bel falou mata logo alguns deste que fica
fácil fazer a retirada deles. Fique imaginado porque não gosto de matar nada. No meu “eu interior” pedir perdão para Deus fiz um esforço e acabei matando os sapos menores e o cururu coloquei numa sacola plástica e joguei perto da estrada que passa próxima do poço.
  Quando estava retirando os sapos algo mim avisou e olhei para o barranco do lado e percebe que tinha uma cobra verde popularmente conhecida de jararaca. Chegou dar um frio por dentro, dei um golpe bem forte na danada, coloquei-a na lata e mandei para cima. Quando cheguei à cima Bel já estava mas sem receio ai falei vai encarar, ele respondeu só se for agora. 
   Era mais ou menos umas oito horas da manhã. O ponta pé inicial estava dado. Ai eu ficava me perguntando e puxando a manivela aonde a lata vinha carregada de areia e pedra. Será que estamos blefando? Antes de terminar de mim perguntar,  tinha uma resposta do meu interior, ai tem esmeraldas de boa qualidade, vocês devem cavar até o previsto os 20 metros. O interessante é que fiz uma previsão com as varinhas hidroscopicas na minha e nesta previsão as esmeraldas estão em torno de 18, 19 até 20 metros de profundidade. Quando cheguei à boca do poço fiz a mesma previsão e  deu a mesma metragem cheguei tomar uma susto. O engraçado que está é técnica de procurar água no subterrâneo. Só comecei utiliza - lá para outros fins, quando Edmar um colega nosso e diretor de uma escola vizinha a minha casa me falou porque tu não tenta invés de procurar água tente se concentrar em uma pedra preciosa. No domingo o pastor da Igreja Batista conversou comigo que queria fazer parte  destas pesquisas fiquei todo sem jeito porque os meus colegas de pesquisa ficava com receio de deixar outra pessoa participar para não tornar algo muito aberto pois faz medo que o governo queira interferir nos nossos trabalhos.   
       Algo que não gostei foi que Salvador que está também na parceria dos nossos trabalhos não apareceu e não deu sinal. Com isso chegou às 12 horas hora de comer aquela farofa a minha estava interessante uma mistura de cenoura, maçã e carne do Sertão. Entre uma lata aqui, outra ali e sempre olhando nos cascalhos se vinha alguma coisa que nos agradasse com isso chegou às quatro horas da tarde. Ai Bel que esta no poço saiu, pegamos a corda para medir a profundidade o poço agora está com nove metros de fundura faltando para o previsto 11 metros.

07/12/2006.

   As 12h00min horas Nido chega com 30,00 reais na mão e falou que foi Salvador que mandou entregar. Fiquei animado, pois não sabia o que fazer no sábado para fazer o acerto com Bel e continuar os trabalhos. Quando estava saindo do trabalho encontrei o filho do Senhor Luiz Canuto, senhor misterioso que fez varias descoberta no campo dos minerais em sua propriedade. Até hoje mim pergunto, ele tem tantas pedras porque escolheu a minha para levar e nunca mas entregou-me. Falei para o rapaz que as rochas estavam parecidas como rapaduras e sem brilho. Respondeu que
quanto mais feias ficarem mais estará perto das rochas revestidas com malacachetas que já custam no mercado oitenta reais o kg com isso ajudaria nos trabalhos de escavação. O mesmo fala que trabalhou oito anos no garimpo e conhece um pouco o caminho das pedras.
 A sensação do desconhecido é algo incerto, mais aumenta cada dia à curiosidade de descobrir o que está a vinte metros do subsolo.
  Para aumentar ainda mais a minha curiosidade, Edna uma colega de trabalho, falou que campinho próximo do local onde estamos fazendo as escavações é um local onde muitas pessoas falam de ouro e que há pouco tempo atrás veio uma pessoa de São Paulo fazer uma visita a campinhos e logo após sua partida descobriram que as pessoas fizeram um buraco dentro de uma casa antiga e encontraram ouro enterrado.   Segundo os moradores do povoado foi as almas que deram ouro para aquelas pessoas retirarem.  Fica um enigma em nossas mentes será que realmente alguma alma vem dar ouro para alguém ou não. Neste mesmo povoado conta-se que algumas pessoas encontraram um cacho de banana de ouro e um abacaxi de ouro avaliado em dois milhões de reais. 
  Com essa história lembrei de João de Lodilinio um colega que sempre ouvia as minhas histórias. Recordei do dia que João chegou e falou que na serrinha tinha algumas pessoas pesquisando, pois tinham alguns buracos escavados no topo da serra. Como sou curioso fui até lá e realmente tinhas buracos em torno da montanha.
   Em conversa com Edmar contei a história e ele falou porque tu não usa a mesma técnica que você utiliza para procurar água para ver se é ouro ou não. Fiz o que ele falou cheguei na serrinha e peguei as varinhas e sair pesquisando e quando chegou em cima do buraco a vara fechou e no meu pensamento tinha ouro naquele local.  Falei para João, ele ficou todo animado e Edmar também, ai surgiu à idéia, vamos escavar aquele local para ver se encontramos ouro. Todos concordaram, quando deu umas 5 para 6 horas da tarde pegamos a ferramenta e saímos em direção a tão famosa serrinha. Entre uma enchadetada e outra o potinho de limão e a mortadela e a vontade de ver se o ouro estava ali, chegamos numa rocha interessante. Edmar falou pega a vara e ver se ela fecha nesta rocha se fechar ela contem ouro. E a danada fechou, as rochas eram cheiras de malacachetas, ficavam brilhando com o aspecto de ouro. Ficaram todos alegres, pegamos uma grande quantidade delas e colocamos nuns sacos e colocamos nos ombros e pegamos o rumo em direção à cidade de planaltino. A nossa preocupação era passar no meio da rua com aqueles sacos cheios de cascalhos e o delegado que era o Sargento Tibério nos abordasse com aquele monte de cascalhos, que explicação nós daríamos para o mesmo. Chegando Edmar dormio na minha casa, bino falou para família que teria ido buscar adubo na fazenda e o carro quebrou na estrada, João foi para sua casa e cada um com a esperança de ter descoberto uma mina de ouro. Com o passar do tempo pesquisamos em livros e em outras fontes e Edmar levou para alguém que conhecia ouro e ele falou que Aquela rocha não continha ouro e só continha malacacheta e ferro, ou seja, uma espécie de ouro de tolo que na verdade nem ouro de tolo era exatamente. Ainda em tempo me lembrei de uma outra história que envolveu Edmar. O mesmo contou que algum tempo atrás, quando roubaram ou popularmente carregaram sua moto sem sua autorização. Fez algo que os seus colegas ficaram pensando que estava louco. Pegou as varinhas que sempre utilizei para procurar água e começou a seguir o comando. Onde a varinha indicava, ele seguia, até desistir e ficar muito frustrado com aquela experiência que não deu certo.  Sempre falava, porque tu não utiliza as varinhas para procurar outros objetos? Falava ainda, que achava que a mente  seria algo que ficava flutuando no espaço. Dando por exemplo: nós estamos em planaltino, mas nossas mentes podem estar em São Paulo ou em outras localidades.  Nesta mesma época tentei fazer algumas adivinhações com as varias, só que, quando lhe alguns livros a respeito desta técnica, comecei a ficar com receio quanto ao uso da mesma. Segundo alguns religiosos o mau uso dessas técnicas poderia trazer coisas ruins para minha pessoa ou pra toda minha família. Ouvir falar de um pesquisador da Grécia Antiga que nos seus livros ou tratados fala da procura dos veios metálicos utilizando este tipo de técnica muito antiga, que muitos utilizam até hoje. Alguns obtendo sucesso e outros não conseguindo algum êxito com essa técnica. Gostaria de saber mais sobre esses enigmas que as varinhas se escondem.         

Um sonho desagradável.

  Acordei com um sonho desagradável, neste sonho estava batendo no rosto de uma mulher. Acordei tomei café e fui para o colégio, em poucos minutos Bel chegou e falou do seu relacionamento com sua mulher. Disse que as coisas se agravaram, a sua esposa lhe deu um tapa no rosto. Falou que não sabe como se agüentou, pois o tapa doeu na sua alma, pois a mulher que fez com que as brigas começassem não valia nenhum níquel. 
  Depois mudando de conversa Nido falou para ele que em Campinhos uma mulher encontrou um cacho de bananas de ouro e um abacaxi. Lembrei da História de Edna teria contado. Logo em seguida, Bel perguntou se nós conhecíamos a história de senhor Miguel do Ouro. Respondemos que não.
  Começou contá-la. Diz o pessoal que o conhece que senhor Miguel todo dia passava num local e um galo cantava no mesmo horário. Quando foi um dia ele deu um tiro neste galo e chegou sair um fumaceiro e dentro desta fumaça estava uma pedra de ouro. Segundo os boatos da população este galo era encantado e o senhor Miguel teria quebrado o mesmo.
  Lembrei-me da história que negro Deca contou. Dizia que, um dia estava na fazenda Ribeirão, pois estava passando alguns dias. Pois o seu pai teria brigado e acabou fugindo de sua casa. Numa das noites de lua bonita. Falou que estava fazendo um quarenta, uma especie de bolo de milho cozido, quando observou uma luz, que vinha da casa que Zé guará estava morando. Zé Guará era um vaqueiro que morava na fazenda vizinha ao Ribeirão.  Só que percebeu que não seria um candeeiro ou uma lâmpada e sim uma luz florescente bem forte que vinha a sua direção. Ficou de boca aberta só contemplando aquela luz que nunca teria visto antes. Quando pensou que não a luz foi em direção ao pé de amêndoa e teve a impressão que teria afundado e em poucos segundos desapareceu em questão de segundos.
  Ainda comentou a respeito de sua vida. Dizia que fez muita besteira e que para se livra completamente dos processos que estavam em seus ombros lhes custariam uns 15 mil reais. 
  Lembrou dos seus momentos de glória, de quando tinha uma casa boa, alguns carrinhos que vendiam lanche para fábrica de chinelo em Ipacaetá.
  Dava pra sentir o arrependimento nos seus olhos.
  Pra finalizar, contou que estava morando numa casa em cima de um lajedo, estava dando um duro danado e que conseguiria recuperar as coisas que perderam, mais honestamente. Falou que todo final de semana tem seu dinheiro no bolso, pois ele quebra algumas caçambas de pedra, faz um serviço aqui outro ali e vai tocando a vida.  
  Fiquei com uma interrogação na cabeça.
  O que seria esta luz misteriosa que teria aparecido pra negro Deca, minha mãe e outro senhor que morou alguns dias na Fazenda Ribeirão.  
  O senhor já era homem dos seus 70 anos. Ele pediu que Pai desse a casa pra passar um tempo e com isso pudesse olhas as criações e permanecer na casa.
  Quando foi um dia Pai (José Antonio)  chegou perto da cancela que da de frente a casa. Percebeu que tinhas algumas sacolas de roupa, enfim todos os panos de bunda, assim como dizem os nordestinos.
   Pai perguntou o que está acontecendo Bernardo? Ele assombrado respondeu pelo amor de Deus me tire da que. Pois ontem a noite uma bola de fogo caiu no lajedo e queimou o lajedo todo.
  Pai pensou que o velho está ficando doido e em seguida perguntou para onde ele queria ir. Bernardo falou. Me leve para o Santo André pra casa dos meus parentes.  Pai percebeu que ele tinha uma peixeira enorme e tratou imediatamente de fazer uma troca, pra ver se desarmava o mesmo pois poderia provocar alguma tragédia pois dava a impressão que não estava com o juízo perfeito.
 Finalmente o velho foi embora. Ficando a lembrança daquele episódio que até hoje não sabemos na realidade se o homem estava blefando ou realmente à luz caiu no lajedo ou a bola de fogo como falava o mesmo.  

Chifre na Cabeça do Cavalo
 
Parece um tanto estranho quando se pronuncia a palavra chifre quando estamos se tratando de cavalo.
  Mais depois desta história que vou contar, vão compreender.
  Um dia de semana de muitos trabalhos, pois Pai estava dando ração pra o gado. Pois a seca estava castigando e tinha que dar ração para os gados e os cavalos.
  Quando o dia amanheceu. Os cavalos desceram para o bebedor. Pai e mãe sempre atentos nunca deixava despercebido algum animal seja ele qual for.
  Pai saiu na janela e percebeu que na testa do cavalo que nós chamávamos dois de ouro estava uma lasca de madeira cravada que dava a impressão que seria um chifre.
  Mãe ficou muito preocupada.
  Pai botou o cavalo no curral e para tirar aquela lasca de madeira cravada na testa do cavalo. 
  Ele falou que o jeito que teve, foi colocar o cavalo no canto da cerca e amarrar uma corda na lasca da madeira e em seguida deu um puchão forte ficando um buraco no local, na testa do animal.
  O difícil foi, pois o cavalo não deixava colocar remédios. Com isso o buraco pegou bicho.
  Já tava pensando que o cavalo iria morrer.
  Mais algo mim surpreendeu. Pai tentou botar remédio o cavalo não deixou.    Ele resolveu fazer uma oração e em seguida soltou o cavalo. Segundo o mesmo, nem olhou quando o cavalo saiu.
Só sei dizer que, com uns 3 dias o cavalo estava completamente recuperado.
Meses depois o cavalo recuperou-se de um jeito que nem deixou uma cicatriz como lembrança.
  Percebi que apesar dos meus 35 anos de idade não teria vivido o suficiente para entender algumas coisas. Ou talvez vivessem muitas e muitas décadas e não terei explicação para algumas coisas que só Deus pode ter o segredo dos mistérios do universo.
13/01/2006.
   Chegamos ao poço das pedras.
    Bel vai ao fundo e começa os trabalhos. Nido bem animado fala daqui para meio dia nós vamos ter uma amostra interessante. Logo em seguida Bel pediu o suco e tomou alguns copos. Dentro de poucos minutos ele fala joga a corda pois já não tô agüentado o calor. Quando chegou à superfície comentou que estava com medo de nós não acreditarmos pois o calor estava de um jeito que ele nunca tinha visto antes. Ele já tinha entrado em um poço de 15 metros e o mesmo tinha uma temperatura agradável no seu interior.
   Final de contas que para continuar com os trabalhos seria necessários umas  pedras de gelo pra tentar amenizar aquele calor imenso.  Falou que as pedras que antes estavam com um grau maior de dificuldade para serem retiradas agora só bater o pino e as mesmas se quebram facilmente.
    Observação:
      
Com 9 para 10 metros de fundura, as pedras estão mudando sua aparência a cada 20 cm e algumas têm aspectos de um tijolo de raspadura, com uma tonalidade verde-amarelada. Começaram surgir algumas malacachetas encravadas na rocha. As pedras têm uma capa preta por cima do verde como se alguém a tivesse colocada numa chaminé por muito tempo.   
História do Pau- Roxo
  Todo Domingo era motivo de festa. Meu pai e meus irmãos, iam animados para a tal famosa corrida, onde a atração principal eram os cavalos de Tio Candido.
  A moçada se alegrava, Ho!, a corrida começou. De um lado alguém gritava, eu aposto no cavalo de seu Elias.
  Outros respondiam, a aposta maior é no cavalo de Tio Caldeu, pois tinha fama na Região.
  Quando gritaram Vá! O poeirão cobria e todos ali, numa só ansiedade hão de saber qual o cavalo vencedor. Mais uma Vez os que apostavam no cavalo do Tio Candido saíra, vencedores.
   Os boatos corriam, e mais uma vez os cavalos do Tio
Caldeu saíram vencedores. Muitas histórias se contavam
sobre os mesmos. O que se esconde por detrás desses
Cavalos tão velozes?
  Seu Pedro em conversa com alguns amigos falava Que quando os cavalos partiam em disparada, seu Caldeu
Pegava a areia que os outros animais jogavam e colocava
Por detrás da sua costa.
  Mais tudo que se falava a respeito daqueles cavalos eram
Apenas boatos. Quando foi um dia seu Manoel fez uma visita
A seu caldeu e a verdade sobe aqueles cavalos velozes veio
À tona, o mistério tava simplesmente no amor que aquele homem
Tratava os seus animais.
Além de tratá-los com carinho o mesmo dizia; que a
cana-de-açúcar e um bom pasto eram o mistério que estava por
detrás das vitórias dos seus animais, tão cobiçados e admirados por todos, freqüentadores da corrida do Pau - Ferro.




As histórias de Dona Ilda

   Segundo a mesma a vida de antigamente era muito difícil. Cansou de sair da caatinga de Marcionílio Souza até Planaltino encima de um cavalo com um filho pequeno na sela do cavalo e apenas um guarda-chuva servindo de proteção contra o sol.
  Dizia que quando tava para ter seus filhos era seu marido que cortava o umbigo do menino e costurava com linha de saco.
  Hoje sua família esta criada e ela lembra como era difícil à vida de antigamente. As mulheres de hoje reclamam muito apesar de terem uma vida fácil com todo os confortos da vida moderna.
  Dizia que nunca fez pré-natal e nem consultas a médicos pra saber que estava grávida. E que aos 60 anos ela monta nos cavalos e sai a galopar.
  Teve 12 filhos e nunca deu um tapa em um filho e comentou que tinha uma vizinha que chamava Ene que dava uma surra em seu filho que só faltava matar.
   Dizia que as bonecas de antigamente dava umas três das de hoje as brincadeiras delas eram  fazer procissões só de crianças. Quando foi um dia caíram umas 05 crianças dentro do barreiro e que elas iam de um local pra outro rezando bendito tudo brincadeira de criança.
   Tem fama de conversadeira. Quem puxasse conversa com ela tinha que se preparar para levar longas horas de conversa. Mulher animada que sempre tem uma história pra contar.
OS MAROTOS

   Segundo o pessoal antigo os marotos eram um pessoal que tinha muito ouro. Quando eles vinham fugindo da guerra, com sua tropa e carregando bastante ouro, eram surpreendidos por gentes ligadas aos governantes daquela época. Saiam em disparada para não serem apanhados com o ouro, pois teriam que pagar impostos e geralmente o governo acabava ficando com a maior parte.
 Os Marotos acabavam escondendo o seu ouro em barrancos próximo de estradas e seguiam viajem. Muitas das vezes eram presos ou partiam para outros estados à procura de novos garimpos e acabavam esquecendo os ouros enterrados.
   Os moradores antigos relatam que, muitas pessoas que moravam em campinhos teriam encontrado ouro enterrado próximo à estrada que dar acesso Marcionílio x Campinhos. Hoje chamada de estrada velha.
  Edna relata que sua avó teria encontrado uma corrente de ouro imensa e sempre que alguns dos filhos se mudavam para outra região ela tirava um pedaço e davam para cada um. Com isso eles vendiam e ficavam bem de vida.  
   Na casa que sua família morava sempre quando dava a noite ouvia vozes, luzes e outras manifestações que não tinha explicação e que até hoje o pessoal acha que é mal assombrada.
    Falava que um dia uma mulher que mora próximo da casa teria contado que uma alma veio dar ouro para mesma. Dizia que teria um sinal durante o dia este sinal seria o local onde o ouro estava.
     Ela foi para fonte quando voltou próximo da casa tinha uma cobra verde em determinado local. Segundo os mais velhos seria o local onde o ouro estaria enterrado.
    Em campinhos tem vários casos envolvendo pessoas que já encontraram ouro e permanece o mistério. Será que realmente encontraram? Ou é só história que os mais antigos contam. Só se que as histórias permanecem vivas na memória do povo.
   Florisvaldo conta que próximo a campinhos tem um local que se chama Serra Velha. Neste lugar existem algumas máquinas abandonadas provavelmente utilizadas para retirar pedras preciosas. Algum tempo atrás ficava um entre sai de carros e levaram em torno de 1 ano só nos trabalhos de pesquisa de matérias retirado daquela localidade.
   Só não tinha conhecimento de que tipo de mineral foi extraído, nem sabia se era ligado ao governo ou alguma mineradora anônima de algum outro país.
 Suspeitava de serem estrangeiros, pois não entendia a língua que pronunciavam.    
  Ele fez até um convite para minha pessoa pra fazer uma visita a esta localidade, pois o local é muito interessante. É entre um morro e outro, cheio de pedras de cores e tamanhos diversos.  Falei que qualquer dia desses apareceria para fazer esta expedição tão interessante.




Os alevinos do Riacho da Boa Ação.

   Fábio Mendes, um colega, parceiro de música e de Associação. Sempre tem idéias inovadoras, gosta de ter uma visão ampla do desconhecido.
     Chegou a Minha casa e trouxe uma câmara digital, fez alguns ensaios fotográficos com Bel cantando e comigo tocando teclado. Logo em seguida mostrou alguns fotos de um riacho que estava prestes a secar. No mesmo tinha umas pedras que alojavam água em seu interior e estava cheio de alevinos de peixes que popularmente chamamos de piaba.
    No dia seguinte Fábio teve a idéia e mim propôs. Se acordarmos às 6 horas da manhã e pegarmos aqueles peixes e soltarmos na barragem. Concordei e logo as 05h30min da manhã já estava acordado e fui pra casa de Fábio chamei e logo em seguida ele saio.
   Falou que a menininha dele acordou umas três vezes na madruga e que dormiu pouco.
  Perguntou será que vamos conseguir pegar os peixes? Respondi que sim.
  Seguimos em direção ao riacho. Pegamos à pista e entramos próximo de uma placa que dar para fazenda de Celino. Notei que a vegetação é tipa de caatinga, vir algumas amostras de cristais de quartzo sobre o terreno lembrei de como falam os garimpeiros. Os mesmos dizem que aquelas pedras solta no terreno se chamam arroto.
  Se seguirmos aqueles arrotos vai nos levar onde os cristais estão agrupados. Podendo encontrar cristais de grande valor.
  Finalmente chegamos onde os peixes estavam. O local é cheiro de granitos antigos dando a impressão de que um vulcão veio próximo à superfície não chegando sai fora da mesma.
  Os alevinos estavam mal conseguindo respirar pois a água estava muito pouca.
  Fábio filmou na hora que estávamos retirando os peixinhos e o nosso destino seria a barragem que abastece a cidade.
  Perto da represa Fábio filmou o momento que soltei os peixes. Só vendo que emoção quando soltei aqueles alevinos naquela imensidão de águas cristalinas.
  Dava a impressão que os peixes deslizavam por entre os espelhos D´água. Comentei se pelo menos 1 em cada 1.000 pessoas fizessem pequenas ações  como esta, o mundo seria bem melhor pra se viver.
    Chequei desta gostosa aventura tomei um banho e na decida encontrei Pai que logo em seguida falou que tinha comprado à terra que Beto estava vendendo. Falei no que puder ajudar estarei às ordens dele.
    Pai sempre pensando no futuro é o que nos deixa mais otimistas para continuarmos vivendo e servindo de alimento para novas histórias que serão escritas por mim no intuito de eternizá-las.
15/04/2007
   Num sábado Salvador vem até a mim e fala que conversou com Nilto popularmente conhecido como Nilto Batata.  Ele fala amanhã nós vamos até a mina e ele olha tudo. Ai faço uma empreita até uns 20 metros para vê o que vai dar.
   Tudo combinado partimos para a fazenda. Só vendo como a moto de Salvador jogava olho por todo o caminho. Fiquei pensando Deus nos ajude que antes dos 20 metros possamos encontra as verdinhas tão cobiçadas.
  Finalmente chegamos à mina, Nilton Batata desse no poço como se tivesse escalando uma montanha, apenas com uma corda só se vendo que facilidade como ele lidava com aquele poço.
   O colega de Nilton falou a que vai dar esmeralda, pois elas gostam do lugar onde tem minação e aqui vai da água com mais uns três metros de fundura.
   Eu e Salvador abrimos logo o jogo para demonstrar confiança e os mesmos começarem  a acreditar e dar o máximo de si.
   Fizemos à negociação e ficou combinado para segunda-feira dia 16/04/2007 retomar os trabalhos na mina.
   Dia 19 encontro meu pai e falou os meninos pararam de cavar. Segundo eles deu um lajedão que tomou todo o fundo do poço. Tudo que pai falou,  na minha cabeça só vinha um pensamento. Chegamos à rocha onde as esmeraldas estão alojadas.
  Fiquei muito curioso e foi conversar com Nido, ele ficou animado e foi conversar com Nilton o rapaz que tava cavando o poço. Segundo ele o fundo do poço ta totalmente forrado por um veio preto bem resistente,com cinzas em alguns lugares e algo parecido com uma borra de vela em alguns lugares.
    Com essa descrição está mais do que comprovado que chegamos o veio da esmeralda. Agora é só explodir para encontrar o veio e segui-lo.
07/05/2007.
  Estávamos na Fazenda  ai resolvemos chegar perto da mina para dar uma olhada nas ultimas rochas que teriam saído do poço. Analisei aquelas rochas e vir que os meninos se empolgaram em dizer que a rocha era negra. Na verdade as rochas pareciam negras pelo fato de estarem recobertas  por uma capa preta que suponho ser, indicio de uma forte reação química sofrida a milhões de anos.
   Quando estávamos revirando as rochas ouvimos um ronco de moto. Logo em seguida Salvador chega com um rapaz para tirar a pedra que estava no fundo do poço. Por acaso era um primo da gente. Pensei no dia que fiz um pedido ao senhor que enviasse um garimpeiro de confiança para os nossos trabalhos, pois sei que as pedras que iremos encontrar é um presente divino.
    Tudo que entrou no poço Sinho retirou a pedra em poucas horas. A cada lata que saia observarmos todas para ver se tinha alguma amostra interessante. Encontramos feldspatos e alguns cascalhos indicando que dali pra frente vai aparecer alguns seixos.
   Eu estava com as varias das minhas pesquisas. Fiz algumas verificações e nas minhas experiências as pedras que estamos à procura estar aproximadamente aos 17 ou 18 metros. Como curiosidade falei Salvador venha cá e procure água. Ele foi e a varinha não fechou. Depois falei procure esmeraldas. Ai ele foi contando os passos e o interessante que a varinha virou de maneira a indicar para dentro do poço. Ai ele falou que teria pedido por esmeraldas, por isso ele virou para direção do poço.
    Mias uma vez fica a ansiedade. Salvador combinou com os meninos que na próxima semana eles trabalhassem pesado para tentarmos chegar ao campo onde estão os cristais.
 Os trabalhadores levaram uma semana e as rochas cada vez  mais vinha de cores diferentes, as malacachetas que estavam aparecendo agora tinha a cor amarelada.
      Salvador foi conversar com o garimpeiro antigo e o mesmo falou que não ia mais 5 metros para dar nas esmeraldas. As rochas que estão saindo do poço tem uma aspecto bem envelhecida deduzimos que seja alguma espécie de xisto, pois no interior da rocha contem malacachetas.
      Em conversa com Cezar um colega que já trabalhou no garimpo ele fala que quando está próximo das pedras a pessoa começa sonhar com cobras. E uma colega que sempre converso a respeito de rocha ela mim falou que sonhou comigo onde estava cercado de cobras pretas. O próprio Salvador também sonhou com cobra , eu sonhei com um jegue isto tudo pode ser uma visão ou um sinal do tão esperado veio das verdinhas.
19/06/2007
 Semana bem interessante de pesquisa na Internet e conversa com alguns garimpeiros.  No poço as rochas que estão saindo são negras e à medida que afundamos ela vai adquirido uma cor  verde amarronzado. Salvador mais uma vez apareceu e trouxe um colega para dar uma olhada no poço. Na noite seguinte conversamos e a conversa estava animada o rapaz falava que aquelas pedras pretas já são os endereços que devemos seguir até as esmeraldas. Deu até um exemplo dizendo que aquela pedra seria a casa numero 05 e as esmeraldas deve está lá na casa de número 10.  Falou que a esmeralda que tava no bolso dele já custa 1.000 reais o quilo.  Eu e Nido ficamos animados com isso à conversa se estendeu até 11 horas e 30 minutos.
   No outro dia Salvador foi até a fazenda onde ficam o poço . Chegando lá o rapaz que se diz garimpeiro desceu no poço revistando de cima abaixo e falou que o veio das esmeraldas teria ficado 5 metros acima. Depois ele saiu deu uma corrida em todas as pedras da terra e falo que o lugar que deveríamos seguir seria um poço abandonado que fica na encosta da serra. Um local que não tem nenhuma pista atraente.
  No outro dia Nido foi até próximo do poço e descobriu que as pedras negras que estavam aparecendo teria sumido todas.
  Na minha cabeça ficou uma interrogação grande. Pois na segunda-feira o rapaz me viu, fez de conta que nunca teria conversado comigo e perguntou tu viu Salvador ai ? Respondi que não e notei que uma usura grande estava naquele rosto e que alguma coisa estava se passando naquela cabeça.
   Com tudo isto acontecendo Nido tomou uma decisão e conversou com Salvador que a partir de agora para segurança de todo inclusive do próprio deveríamos fecha a boca do poço e os trabalhos só acontecerá com a presença dos três envolvidos que seria Nado, Nido, Salvador.
  Como um curioso fiz uma suposição de quem pegou as rochas mais fique calado não falei nem para o meu irmão.
     Cada dia que passa estamos mais perto do objetivo que estamos almejando. Quando ficar concretizado vou revelar uma segredo para os meus parceiros e irmão que está envolvido no garimpo. O segredo é o seguinte eu tenho uma acordo com Deus que neste acordo vou entregar 10 % do meu achado na mina. 
26/06/2007.
  Nino um colega que está trabalhando no poço das pesquisas  é uma cara animado e este tipo de gente contribui para o bom andamento do trabalho. Com um dia de serviço dava para observar que as rochas que antes eram de tom marronzado agora estava com um veio preto brilhante. Como sempre nido animado falava do sonho da fazenda Black Stone ele dizia que sempre que pensava em desanimar vinha na cabeça como seria a sua fazenda com as branquinhas pastando nos mangueiros.
  No segundo dia Nino amanhece com a mão doendo e diz que não poderia ir trabalhar. Nido ficou preocupado e logo em seguida falei vamos lá que  trabalho no fundo do poço.
  Cheguei, entrei no interior da mina e dava para ver que no meio está passando um veio de feldspato bastante envelhecido como relatava o filho de senhor Luis Canuto.  Além do feldspato que está acompanhando a nossa descida no poço a malacacheta agora está em todo centro do poço dando a impressão que é um céu estrelado, todas de tamanho minúsculo. Se tem a sensação que a cada 20 cm se encontra algo novo. O filhos de Luis Canuto falou que as esmeraldas estaria na bases de uns 16 metros. Já na minha previsão estaria com 17, 5. E o poço está com 16,40 m à medida que passa a expectativa aumenta.
  Salvador levou uma semana fora e reapareceu alegando que passou doente estes dias e nem pode telefonar pois não tinha telefone lá na fazenda. O mesmo continua animado e Nido como sempre falando que nós acreditamos nele e queremos  transparência nas nossas transações pois somos no total de três o que encontrarmos será dividido para os mesmos e com fé em Deus nós estamos no caminho certo.  
12/07/2007
Nido e Nino está pegando pesado nos trabalhos lá na mina. Nido falou que o veio de feldspato desapareceu, as pedras pretas também. Agora o que está aparecendo é um aglomerado de pedras envelhecidas que não tem nenhum valor. Neste momento não tenho nenhuma previsão de quantos metros estão às esmeraldas. Só sei de uma coisa que elas estão lá  e pode estar próxima .
21/07/2007
Neste período estamos na seguinte condição:
·        O poço está com 18 metros de fundura só que estamos abrindo o espaço do interior, pois Salvador achou melhor pois, já estava difícil trabalhar com o pequeno espaço que Nino tinha deixado;
·        As rochas que estão aparecendo neste período. São verdes muito duras porem bastante leve, se triturada apresentam cristais pequenos que da para observar que são cristais verde, incolor e até amarelado;
·        Neste momento estou muito ansioso, pois há muito tempo que venho pesquisando a respeito dos minerais e esta é a única chance que tenho de descobrir algo de verdade. Para no futuro ser lembrado e até admirado por alguns como alguém que acreditou e foi vitorioso.
·         Neste momento de acordo com as rochas que estão no fundo do poço e de relatos de garimpeiros experientes acredito que os cristais estejam lá por volta dos 20 a 23 metros de fundura.
·        No momento o que devemos saber lidar é com o pessoa da sociedade pois os garimpeiros que prestam serviço com nosso grupo acabar falando para outras pessoas. Apesar de não acreditarem elas saem conversando, o único jeito e tentar despistar dizendo que a água já estar perto, o que estamos procurando granito verde.
        No Domingo encontro Tio Didi na casa de Pai. Ele é um senhor já maduro que gosta sempre de contar histórias. Curioso como sempre perguntei o Senhor sabe dizer se na família de vocês tinha algum garimpeiro.
      Respondeu que não mais comentou algumas historias a respeito de ouro. Segundo ele um tempo atrás tinha um homem caçando e viu um tatu andando, só que o mesmo brilhava feito sol do meio dia, o homem pegou a espingarda e deu um tiro e vôo ouro pra todo lado. Segundo Tio Didi o homem esta bem de vida até hoje graça aquele episodio.
    Comentou ainda do garimpo de Luis Canuto. Falando que acompanhou os trabalhos do garimpo, falando ainda que teve um Dia que ele sonhou no local onde estava uma pedra e falou para o mesmo.
08/08/2007
  Acontecimentos neste período.
    O poço esta com 18 metros de fundura e salvador aumentou a área do interior deixando um espaço bom para continuarmos com nossas buscas.  O negro Deca que morou um tempo em nossa propriedade foi convocado para trabalhar nesta nova etapa de trabalho. O mesmo fala que viu uma luz grande se aproximar da casa da fazenda e em questão de segundos se lançou em baixo de um pé de amêndoas e desapareceu completamente.
   Quando Nido comentou que iria convidá-lo para nos ajudar no trabalho, de inicio fiquei com receios, pois ele teria envolvido com muita coisa ruim mundo a fora.  
   Só que Nido mim convenceu que o mesmo nuca fez nada que viesse a nos prejudicar.  
    Fiquei calado e fiz um apelo ao Senhor todo poderoso que me desse uma luz. Se Deca viesse nos atrabalhar nos nossos trabalhos o Senhor tiraria do nosso caminho e nos enviaria outra pessoa que seria de sua permissão.
    O Deca apelidado de coiote africano foi trabalhar no poço e o seu ajudante foi Fernandinho de Roque Arruda. Trabalharam uma sema, mas deca sempre reclamando que Fernando estava deixando a lata em falso e esta caindo pedra no buraco e chegando até acertar suas costas.  Acontece que na semana seguinte, Fernandinho já não trabalhou na mina pois o negão não aprovou os seus serviços.
24/08/2007.
  Um manha de sábado de muita aventura e ração. Chequei bem cedo na Fazenda com sempre curioso peguei um cavador e fui à direção de uma tanque que tinha secado. Comecei a cavar e encontrei uma pedra oval que tinha um tom meio verde azulado e apresentando algumas malacachetas pequenas, nada de importante mais seria uma pista de que todo o terreno tem minerais de valor.
     Dentro de algum tempo Deca aparece e nós fomos para o poço. Quando começamos os trabalhos eu vir à coisa apertar, pois os baldes dos entulhos do mesmo não parava de sair. Não dava tempo nem de fazer xixi, o suor descia  que molhava todo o meu rosto e deva ficava cantando, ainda pedir uma musica que gosto muito e ele cantou logo em seguida.
   Com isso o material que vai saindo do poço fica cada vez mais interessante.
     Quando olhei na estrada tinha uma carro verde parado e quando abril a porta percebe que era Salvador ele chegou falor comigo e foi olhando os berilos que estava saindo, pediu para puxar algumas latas e depois pegou viagem para campinhos onde iria vender algumas mercadorias pos esta era a sua ocupação.
  Quando eles saíram com poucos minutos deca falou! Ô Reinaldo me dar uma sacola para eu mandar umas amostras, se não for vidro é uma coisa muito boa.  Mandei a lata todo na expectativa quando retornei a mesma fiquei de boca aberta.
  Quando vir àqueles berilos com esmeraldas cravadas neles. Esmeraldas da cor das copas das árvores. Fui  às nuvens e voltei em seguida falei para ele que tinha mais o menos uns 5 anos que estávamos à procura daquelas amostras.
   Para mim seria como já estivéssemos encontrado toda a jazida. Pois muitos já estavam nos chamando de louco eu e o meu irmão e o meu sócio Salvador.
   Quando cheguei a minha  casa peguei as amostras e chamei minha esposa e mostrei. Logo em segui perguntei se agora ela acreditava nas minhas pesquisas.
      Deu para ver que ela ficou abismada e falou agora sim com essas amostras da para acreditar.
     Depois fiquei refletindo a minha vida e juntando as peças do quebra cabeça.  Lembrei dos altos e baixos e olhei um pouco a minha frente e vir que quando Deus está nos guiando não existe obstáculos que não sejam vencidos.
   Se chegamos as amostra pequenas com certeza as amostra grandes virá e com a  certa de todo o mundo Deus estará nos Guiando. 
   
03 de Setembro de 2007.

 Neste momento estamos sentindo muito próximo da jazida que estamos à procura. Deca o apelidado coito Africano esta nos trabalhos de escavação.
   Só vendo como o mesmo tem uma técnica e uma disposição natural de trabalho que poucos conseguem imita-lo.
   Nido e Eu sentimos o que é  trabalhar na boca do poço sem para um segundo se quer.  Entre um balde e outro de pedras o negão canta uma música e só vendo como tem uma voz bonita e afinado.
    Fiquei abismado quando o mesmo lembrou do meu tempo de escola falando que Adailton popular Daião colocou um balde de lixo vazio em minha cabeça e com isso recasou o meu nariz ficando com uma cicatriz durante dias.
   Conversa vai, conversa vem, durante o período de desanco quando estamos fazenda a refeição do meio dia. Ele começou falando das aventuras de quando estava no mundo do crime.
   Dava para sentir que tudo de ruim ele teria experimentado.
   O negão começou falando de traição. Segundo ele um colega foi para São Paulo e deixou a mulher. Na saída falou para o mesmo que não era para deixar faltar nada para sua companheira. E o negão fez valer o combinado, se faltava alguma coisa na dispensa, mandava pegar na venda mais próxima.
    Só que começou rolar um clima entre eles e com isso o negão todo tirado resolveu tira proveito da situação. Deu uma cantada na mulher e ela marcou encontro para as três horas da manha em sua casa. O que aconteceu? O coiote foi no combinado quando chegou próximo  da casa a sogra da mulher estava na tocaia.  Já era umas três horas da manhã e a velha foi para casa da nora e a mulher ficou toca sem jeito pois tinha marcado um encontro com O Negão Deca. A velha dizia que estava sem sono e em seguida pediu um cafezinho.   Com isso a porta estava aberta e o negão entrou de maneira que a velha não notasse e se escondeu debaixo da cama. A velha despediu da mulher e se escondeu em seguida encontrou o mesmo e falou que o marido da mulher tava em São Paulo e sendo traído discaradamente. 

06/09/2007.

 Entrei no poço e contemplei o trabalho que Deca realizou na  mina. Só se vendo o plumo que as paredes estão, o ar esta agradável dando condição de trabalho.
  Trabalhei mais ou menos até as 10 horas para tirar o restante dos escombros deixado pelo coito Africano.  Fiquei a contemplar  a pedra de mica xisto que brotou no barranco como uma linda cachoeira, que vai acompanhando o porco para as profundezas. Percebi um veio verde que vai cortando o porco, fazendo uma dança, uma hora se outra não.  Em minha opinião é um veio de turmalina verde, que vai paralelo ao veio de esmeraldas que vai logo abaixo. O mica xisto que vai próximo à pedra grande já esta trazendo pequenas esmeraldas gravadas nela e já dar para perceber que varias veias verdes já está praticamente em toda extensão do mica xisto.
   Só vendo como é a relação nossa com Deca (o coiote garimpeiro) observamos que quanto mais ele fala putaria,  mais rede o trabalho. Durante o dia ele canta uma variedade de musicas e as rochas pedem menos pois ele poda para ver pedra chorar.
    Neste espaço que ele está trabalho nós pensávamos que já precisava de explosivos só que percebemos que a técnica que ele utiliza é perfeita, ninguém sabe onde aprendeu, sei que é a técnica mais apurada que se tem conhecimento.
    De um balde para outro é questão de minutos, fica até difícil encontrar alguém para agüenta o ritmo, o negão é muito brincalhão e sempre fala pode colocar dois baldes pois um não acompanha o meu ritmo de trabalho.
  Mais uma vez acontece algo que nos chama atenção. Dote tinha ficado praticamente intrigado, depois que viu os mica xistos com pequenas esmeraldas, apareceu com uma conversar mole.  Nido curioso sente uma mutreta de longe e quando eles saíram Nido falou, vamos chamar Salvador para uma conversa pois isto esta muito estranho e nós não vamos estragar nossos sonhos, nos misturando com outras pessoas que ninguém sabe qual a sua intenção.
   O poço está com 19 metros e meio, já no inicio de produção, ao olhar para o mica xisto observa o verde das esmeraldas que se faz presente. Em conversa com Salvador, Nido e Eu falamos que no primeiro lote que vendermos, vamos registra a mina, para evitar que oportunistas tentem levar proveito dos sonhos de pessoas trabalhadoras.
    O meu páquito com o senhor, me deixa forte e ao mesmo tempo afasta as pessoas que não presta dos nossos caminhos. Só entra neste poço quem o senhor permitir, no contrário, todos os caminhos se fecham, carro quebra na estrada, aparece outros atrativos e até as vistas se atrapalha.   
22 de setembro de 2007.

Nesta semana observo que o mica xisto esta sendo cortado por um veio branco leitoso, que muitos garimpeiros o chama de osso de cavalo. Deca o negão de ferro nunca reclama das rochas do interior do poço, só se ver balde descendo e subindo e as musicas que ele canta já parece repertório de festa uma atrás da outra.
   Hoje nas condições que esta o poço, só Deca consegue trabalhar e render produção. Sempre no intervalo de uma lata e outra Nido fala dos seus pensamentos futuro e também falo algo para nos dar força, pois o caminho das esmeraldas não é para qualquer um.
   Nas nossas conversar sempre vem em minha mente uma indagação. Não devemos duvidar nunca dos nossos trabalhos, pois tudo que esta acontecendo na mina esta sendo com a permissão do senhor.  Todo garimpeiro que entra na mina é com sua permissão. No contrário as vistas escurece e tudo da errado e nunca encontra o caminho assim é a mina do Ribeirão tudo que fazemos pedimos a permissão do senhor supremo  Deus.
As histórias de Amilton Rocha

Lembre das histórias de Amilton pois se prestarmos atenção o seu sobrenome é bem sugestivo.  Ele conta que um dia ia para o sobrado com Marilene e Val (do sobrado). Quando o carro se aproximou da barragem, Marilene deu um troço (assim como ele se expressou)  e foi em direção da barragem entrou e desapareceu por completo.  Todos que estavam no carro ficaram assustados em ver que Marilene tinha desaparecido, mas em alguns minutos ele volta, andando, com se estivesse desfilando no fundo do lago, na sua mão trazia um saco cheio de bruxaria.  Dando ênfase a história Amilton lembrou que depois que ela incorpora as estes espíritos que creio eu sem luz, fica muito triste e até depressiva.
   Deve uma dia, que Gilson o esposo que Marilena que não esta mais entre agente, resolveu tira Tamires a sua filha de onde Marilena estava, um puxava para um canto e para outro.  Logo após Marilena ficou com raiva e o espírito que Amiton fala se de Buda dominou a mesma.  Segundo as pessoas que estava presentes ele rodava com pião, pulava e ninguém conseguia de te – lá. Por fim foi necessário varias pessoas para livra Gilson dos braços de Marilena.
  Nessa noite ninguém conseguia acalma-la, foi  obrigado leva-la para casa de Romilda que fazia trabalhos nesta ares desconhecida.  Marilena nos braços do pessoal indomada só querendo  e para barragem. A curandeira tentou usa pela corrente simples falando palavras de Nossa Senhora Aparecida. Mais o que estava ali ela complicado de mais e Amiton falou que ela baixou a pomba gira e gritava, cantava, comia vidro  e cospia fogo. Com todo o trabalho da curandeira Marilena ficou normal com se não tivesse acontecido nada.
   Só vendo como ela ficou, não tinha nenhum cheiro de cachaça esta completamente normal.
    Segundo Amilton  ela tenta lutar o máximo pois não é uma coisa boa que se incorpora nela.
    ( Em minha opinião o único meio de se livrar disso tudo é Deus, Reinaldo)
Revelação
25/09/2007.

 Jirley o pastor da Igreja Batista fala que teve um sonho comigo. Com sempre brincalhão falei para ele tomar cuidado que sonhar com homem é perigoso. Ai ele respondeu não é brincadeira não, tive uma revelação, que nela você dizia que estava muito próximo do que está procurando.
    À noite Deca o nosso garimpeiro de fé, chega triste abatido, pois a sua mulher tinha deixado a sua casa e pegou outro rumo. Só vendo como sua tristeza deixava transparecer em seu rosto. Por um lado ficava com medo de a mulher lhe entregar para polícia e  notava-s que  fazia de tudo pela figura.
  Deixou transparecer que sua companheira estava traindo com outro com isso foi obrigado tomar providencias não muito boas.
  Nido e Eu demos conselho pois estava muito abatido e observamos que a maioria das coisas que tinha destruído sua vida estava relacionado com o seu relacionamento com aquela mulher misteriosa.
   Deca falou que a mulher já tinha dado quatro facadas em um cara e a mesma confessou em dar cabo da sua vida muitas vezes. Agora esta preocupado de trabalhar na mina, pois no fundo do poço é perigoso. Se a mulher entregar para polícia o local e o dia dos trabalhos ele vai ficar vunerável e a polícia vai lhe deter facilmente.
    Os planos do homem de ferro (Deca) é conseguir uma grana para arquivar os processos que tem em seu currículo e tocar sua vida trabalhado até conseguir um sitio para criar suas galinhas, porcos e o cultivo da terra. A única maneira de chegar o que pretende é cavando a mina do Ribeirão, pelo menos, um bom advogado para segurar os seus processos e responder em regime semi-aberto.
   Esta sema que passou trabalhei no interior do poço. Fiquei abismado com a beleza  que  os raios do sol penetrava o fundo da mina. Parecia algo mágico com se fosse uma janela para o futuro.
   Comecei tirando as terras que o Nego de Ferro tinha deixado no ultimo dia que trabalhou.  Depois de retirar toda a terra observei o fundo com muita atenção e percebi que no meio tem um espaço de mais ou menos 40 centímetros, que esta fofo e com bolinhas brancas tipo caulim. Esta faixa corta o fundo do poço como se fosse o suspiro das pedras. 
  

 Trabalhei até o meio dia e percebi que ali, só o negão consegue remover aquelas pedras que mais parecem aço.


O raiar do dia
  Acordei, ouvindo os canários de Nido cantarolando, em seguida partir em direção ao Colégio.  No caminho, uma adolescente de uns 10 anos, me abordou, perguntando, aonde tu tava que nunca mais te vir? Respondi, trabalhando.
  Depois fiquei fazendo uma auto-avaliação de me mesmo e tive uma sensação agradável de perceber que sou querido por todas as pessoas que vivem ao meu redor.
  A media que ia caminhando pelas ruas em direção ao meu setor de trabalho, lembrei de Adalício, um jovem de apenas 29 anos. 
   Em conversa, percebi que estava desacreditado de se mesmo.
  Esta cabisbaixo, desanimado até da vida. Falei olhando em seus olhos, que deveria acreditar em Deus e em sua força interior.
  Peguei como exemplo Val Goela, individuo que está carregando uma grave doença, que é a AIDS.  Sempre que conversa, não se mostra desanimado e nas suas falas, diz que vai viver 60 anos.  O tom de voz e a autoconfiança que demonstra leva acreditar que consiga chegar aos 60 ou mais anos
  Nido pegou, levou Adalício em Nilo e fez uma feira, para passar a semana.  E como sempre gosto de indagar e dar uma mensagem final. Falei Adalício, acredite que você vai se dar bem trabalhando na mina do Ribeirão, pois quem passa por lar os ânimos são ativados e a vida começa ter mais brilho, pois aquela mina pertence ao Senhor Deus, nós somos singelos administradores dele.
Às três da Tarde

Nido tem um presentemente que não sabe interpretar. Fica preocupado com Vitor que esta em um piquenique. Mas tarde Pai chega dizendo que no poço as pedras estão saindo parecendo vidro e que estão muito bonitas.
  Fiquei analisando, se pai esta admirado com aquela formação é porque as coisas estão começando a se encaixar.
  Logo em seguida, falou que Gesivaldo mandou chamar o negão para ir ajudar carregar os toros de madeira. Quando deram três horas da tarde, deixaram o trabalho do poço e foram carregar o caminhão.
     Na volta o inesperado acontece, o carro de Regis pede macha na ladeira e para na cabeceira, com isso o freio não agüenta e o mesmo pede que todos pulem, pois o carro vai virá.
   Conta Adalício que na hora, pensou em sua mulher e a filhinha pequena. E em seguida deu um pulo sem direção alcançando o barranco logo à frente.
   Foi Deus que amparou todos, pois não aconteceu nenhuma tragédia maior os únicos danos foi o carro machucado e as bicicletas que ficaram esmagadas debaixo do caminhão.   
Micaxisto Ribeirão

  O mesmo já está com uns três metros, impedindo os trabalhos manuais. O nego de ferro (Deca) falou que o poço virou um lajedo, de maneira que até os ponteiros estão quebrando as pontas.
  Deduzimos que está realmente dura a rocha, pois o mesmo em minha opinião é um dos homens mais fortes da redondeza.
  Salvador ficou de e até o poço para jogar uma água e ver qual a real situação da rocha.
  Segundo Deca tem uma parte que está mais dura de todas que começou brotando umas pintas verdes na rocha.
  Agora é o momento de muita atenção e prudência, pois nós chegamos à camada dos cristais. Um fogo bem dado pode trazer em seus rejeitos muitas fagulhas de esmeraldas logo na primeira tentativa.
  Muito trabalho e fé, nunca pensando em desanimar é o pensamento da minha equipe.
   Numa segunda-feira estávamos próximos do poço quando um carro parou. Em seguida um homem se aproxima da cerca e retorna ao carro. Chamei Nido e fomos de encontro para ver quem era aqueles homens. Fiquei pensando que era alguém do governo.
Tudo que chegamos perguntamos o que eles queria. Só vendo a maneira que direcionamos para eles de autoridade tal que muitos ficariam pensando quem são esses caras?.
   Percebemos que era gente do bem, pessoas do bem se identifica e já vai falando o que  pretende.
   Falou que tinha fazenda próximo dali e queria ver como está os trabalhos do poço, pois ele tinha registrado os minerais de sua fazenda e a fazenda próxima do senhor Luis Canuto também era dele e achava que tinha esmeraldas. Conversa vai, conversa vem, acabou dizendo que ele mexia com pedras, só exclusivamente com diamantes lapidados.
   Continuando o papo, conseguimos o nome do geólogo que requereu a sua área e deu para perceber que naquele momento estava nascendo uma amizade entre ambos.
  Mais uma vez fiquei grato ao senhor por esta enviando pessoas influentes. Fiquei prestando muita atenção na conversa que aquele senhor manteve conosco.
  Dizia que gosta de ajudar as pessoas e neste momento toda ajuda é bem vinda.  Ele pode até fica pensando estes meninos são uns aventureiros estão sem nenhuma orientação técnica.
  Só que o nosso engenheiro de minas é o Senhor Deus criador de toda forma animada e inanimada de vida existente.
Beto de Senhor Bel
 Beto conta que uma certa  vez, vinha de Planaltino a fazenda de seus pais, nem era casado ainda.
  Quando se aproximou da cancela uma luz forte começou vir em sua direção. Era como uma bacia virada de ponta a cabeça, de brilho tão intenso que parecia segar os seus olhos.
   A media que aquele objeto luminoso se aproximava do cavalo, ia afastando-se dando uma macha ré.
   Com poucos minutos desapareceu como um raio e em seguida fiquei morrendo de medo, sem saber de que se tratava. Com certeza era algo não identificado, só vinha a minha cabeça que era ouro mudando de um local para outro.
Manhã de Quarta-feira
24 de outubro de 2007.

  Deca (o homem de ferro) chega com sua moto acelerando. Abro a porta e já vou perguntando, como é que tu ta? Respondi tudo bem !. Falei que Salvador deixou as barras  de ferro pra fazer os ponteiros.
   Disse que Artur foi em sua casa para solicitar os seus serviços. Pois foi bem requisitado por Reinaldo e Renildo.
  Deca não pode ir, mais indicou uma pessoa para fazer o começo dos serviços. Ainda em conversa Artur perguntou se nós tínhamos condições para seguir o trabalho. Deca respondeu que éramos professores e nossa condição só dava para trabalhar aos sábados e domingos.
   Ele falou para escondermos a pedra verde da boca do poço, pois já dar para fazer artesanato.
   Eu e Nido ficamos analisando. Um homem de poder aquisitivo grande, fazendeiro e comerciante de diamantes lapidados. Pela sua conversa, nos passa uma impressão de que tem bons pensamentos e quer nos ajudar.
   Nido fala sempre pra mim. Nós não devemos nos abrir por inteiro. Vamos tentar manter um laço de amizade e ver o que esta nova parceria pode nos trazer de benéfico.
Mais na minha cabeça vinha uma indagação.  Sempre nos meus pedidos ao Senhor, falo que envie pessoas do bem para nos orientar e tenho uma certeza que as pessoas mal intencionadas todas serão derrotadas e não conseguirão interromper os trabalhos do poço, pois este pertence ao criador dos céus e da terra o Senhor Deus.
O BRONGO DE GUIU

Já uns 20 anos que nós não tínhamos acesso ao brongo. Em conversa com Guiu falamos da possibilidade de ir passar um dia no Brongo. Ele concordou. Falamos para José de Candido o mesmo ficou todo empolgado. Marcamos para o primeiro domingo após a cavalgada. Quando chegou ao sábado foi a Maracás levar o contrato do grupo Forrozão Nagalera na volta Nido pergunto vai ver Zé pois o mesmo está agoniado com a feijoada . Quando cheguei a casa. Tava com um panelão que dava para umas quarenta pessoas.  Cheguei ficar assustado, depois aceitei a idéia e comecei gostar, pois não precisava ir para o pé do fogão.
  No domingo pegamos a pista em direção aos brongos (canions) no caminho pegamos uma trilha errada e acabamos perdidos no meio de uma mata. Meu pai já estava ficando suado, preocupado com aquela situação. Nido e Eu sempre sossegados falávamos não se esquenta não, pois aqui tem feijão
Nós comemos até encontrarmos o caminho.
      Em seguida pai falou a única solução é voltarmos no mesmo caminho. Pegamos aquela mesma trilha, quando já estávamos bem distantes encontramos José de Candido e o filho de Guiu. Já foram falando vocês perderam a entrada, tinha que seguir sempre à esquerda. Notamos que pai não estava gostando mais tentou disfarçar e seguimos até chegar à casa de Guiu na cabeceira do brongo.
  Tudo que chegamos encontramos Guiu e os caçadores que estava, com José de Candido.  Tudo que déssemos do carro, ficamos abismados em ver a transformação que sofreu aquele lugar.  Há vinte anos atrás, era um local totalmente isolado, que só ouvia mutuca nos nossos ouvidos. Guiu todo alegre chamou padrinho Zé Antonio para dar uma volta naquela baixada que chamo de Cânion planaltinense. Ficamos maravilhados com a deliciosa feijoada, com a recepção do mesmo, com aquele local que mais parecia um oásis em pleno desertor. Na saída nos despedimos de todos e falamos que em outra ocasião iremos aparecer para passarmos uma noite naquele recanto que chamamos de brongos.

06 Julho de 2008.

 Senhor Otávio me leva para ver se tem ferro na sua terra. Tudo que chegamos à casa do pai de Rose sentir que tinha uma oxidação grande na frente de sua casa. Pedir se poderia dar uma olhada pois, estava procurando ferro para uma mineradora  de Minas Gerais. Senhor Irisvaldo falou que tudo bem dei uma andada na fazenda e encontrei um afloramento de ferro que já é um pouco atraente para minha pessoa. Não sei se para a mineradora é  material que já dar para trabalho. Depois fui à fazenda do senhor Otávio rodei toda a terra e verifiquei a ocorrência de algumas oxidações de ferro, só que muito pequenas para ser exploradas. Quando deu mais ou menos 12 horas retornamos para rua.  Quem me conduzio para esta viagem foi um homem que se chama Djalma o marido de Neusa. O engraçado que, quando eu ficava falando dos minerais, ele só falava em gado e até formou uma troca com o dono da fazenda.
  Na volta falei par Djalma que já estava sem paciência pois já tinha uns dez dias que estava esperando Roberto o homem da mineradora e com isso ficam agoniados pois gosto de ver a coisa acontecer.
  Tudo que cheguei a casa Zene e Naara foram falando que o rapaz da mineradora tinha acabado de ligar e que já estava em Maracás. Com isso fiquei curioso e a espera, neste mesmo momento Bel Santos tava trabalhando na construção de um local onde seria a nova sede do Forrozão Nagalera que passa por um momento bem. Agora gravando o primeiro DVD “ao vivo” e com a satisfação da aprovação em massa do publico onde passamos.   
   Como um piscar de olhos percebi uma pick-up destas de luxo de frente a minha casa. Deu para perceber que era Zé leite e Roberto e juntamente com uma mulher loura e aparentando muito simpática. Tratei de acolher em minha casa pois ali na mina frente estava um homem que trabalha com minerais, de boa conversar, aparentando ser uma pessoa confiável. Fui pegando as amostras de ferro que encontrei na fazenda do senhor Irisvaldo e Otávio. O Roberto falou vamos logo ver essas áreas, pegamos o carro e saímos, fiquei tão empolgado que Acabei esquecendo do Meu irmão Nido que sempre está comigo. Mandei que ele marcasse alguns pontos para ver se a área já esta requerida. Na estrada na minha cabeça passava um filme e neste filme eu me perguntava será que estou fazendo papel de besta ?  Ou não ! Mas uma voz dizia para saber tem que ir até o fim e continuamos até a casa do senhor Irisvaldo olhamos a incidência de ferro e Roberto falou se a área estiver registrada ele mesmo comunicará de quem é o registro e qual os procedimentos que ele deve fazer para tem os seus direitos.
  Fizemos uma volta, passamos na fazenda de Zé leite e marcamos uns 03 pontos no GPS. Logo em seguida pegamos a estrada de volta e cheguei à minha casa tudo que chegamos à mulher de Roberto (Mineração) falou vocês estavam atrás de ferro e fiquei aqui só que encontrei duas pedras preciosas ela esta referindo Zene (minha esposa) e a mãe Dona Joana (Minha Sogra). Na saída Roberto falou amanhã às 8 horas vamos até a sua fazenda e vamos da uma corra na redondeza. Quando foi a noite o mesmo liga e fala que não vai poder vir pois o sócio ligou e eles vão ter que voltar para minais pois o mesmo teria comprado uma mina no valor de quatro milhões e meio de reais. Depois Roberto falou que a esposa pediu que me desse uma ajuda pois ela gostou muito da minha esposa Zene. Em seguida disse que iria me ensinar a mexer com minerais, me deu um GPS , uma amostra de ferro para servir como base nas minhas procura. Pedir um livro para me orientar no reconhecimento das amostras. Depois de alguns minutos pegou a pick – up e seguiu estrada. Só ficando a expectativa de um começo de uma transação que pode ou não dar frutos. 
Roberto Machado nunca mais entrou  em contato comigo, deixou um GPS que está servido e muito nas minhas palestras que sempre ministro nas escolas do município e nos municípios visinhos. Por último tive uma palestra no Colégio Normal em Maracás(Colégio Particular). Recebi o convite da Professora Lucieide para dar uma palestra sobre o Ciclo das Rochas. Fiquei animado e responder tudo bem é só enviar um comunicado para Renê se ele liberar  estarei pronto para a palestra. Com a liberação do Secretário, me preparei e fui a Maracás. Estava  um pouco preocupado, por se trará de uma escola particular, mais tudo ocorreu certinho. Engraçado quando cheguei na escola, fique esperado o horário da aula, a diretora me cumprimentou dado boas vindas e logo em seguida perguntou se não queria acessar a internet pois está disponivel caso tivesse enternece.  Aceitei o convite e acessei o meu  blog. Finalmente o sinal toca e Lucieide chega e fala, pronto bichão chegou a hora, os meninos estão anciosos.  Quando entrei na salda de aula, dei bom dia e me apresentei para a turma . Dando inicio, falei para a turma que a altitude de Maracás seria   930 metros de altitude. Perguntei para eles o que utilizei para encontrar esses dados, levantaram várias hipóteses, ai tirei as dúvidas   deles dizendo que utilizei um GPS para procurar a altitude e as coordenadas geograficas de Maracás, fizeram várias indagações  e a palestra foi uma maravilha.

Diário de um Garimpeir.
Autor: Reinaldo Cardozo da Cruz

Texto bruto necessitando de algumas revisões.


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