quarta-feira, 16 de março de 2011

Poemas: Reinaldo Cardozo da Cruz - Nadoautodidata


"PLANALTINO"

Terra à vista
Campos de planaltos
De encantos mil
De morros recantos
És terra do Brasil
De lendas e crendices
Vivas na memória
Desse nosso povo
Que pouco diz
Que muito ouve
Apenas,
Lembra a liberdade de outrora
E abriga no peito
A força
A força de Deus
A ansiedade do agora
A responder já é hora
Planaltino, menino
Cresce à procura
De um destino
Força de Deus
Que agigantece os filhos teus
Ajude a mudar o destino
Desse povo de Planaltino.


Lembrança da Minha Terra

Do Norte ao Sul deste mundo
Ah! como é profundo, a vontade de descobrir um novo mundo.
O nascer, o crescer e o amar.

Êta emoção que dá, quando
lembro do sabiá, do passáro
preto a cantar. Das montarias
de infância no meu cavalo a galopar.

Que falta faz o forrozinho de pé de serra,
Que traz lembranças da minha terra.
Ê, arrepio que dava, quando chuva do Norte Relampejava na minha família ecoava , o som que se cantava .

Que chuva boa para fazer  plantação !
Vamos fazer uma de mão, só falta o feijão.
Quando a chuva passava   no meio da passarada, no brongo perto da estrada madurecia a jacada.
Perto do pé de gameleira, antes de aparecer estrelas.  A vaca fantasia dava cria.


Logo na tardinha , ouvia o canário no pé de coqueiro , que ficava perto  do pizeiro.

Cantava um canto maneiro,  anunciando
o mês de fevereiro. Que trazia um tempo
de alegria, prá fechar mais uma vez,
a deliciosa noite fria.

Mãe Natureza
Quando lua cheia surgia / que alegria
Transformação acontecia / que gostoso esta
Até os animais da floresta, gostava de fazer
Uma festa.
Coruja se arrumava, nem trazia violão
Era a primeira que chegava
Só cantava uma canção.
Anunciando lua cheia na caatinga do Sertão.
O Coelho dormia ao dia / que alegria
Ir pra festa dançar, até amanhecer o dia
Que confusão coruja cantava uma só
Canção.

 Que aurora bonita
O galo anuncia com o sol que brilha
E o sabiá a cantar, o inverno frio
Que acaba de chegar.
Assim é mãe natureza
Com um quebra cabeça
A montar.

   

Pássaro Encantador
Reinaldo C./ José Antonio  
LM – Música(filho) / L – Letra (Pai)
Na minha terra tem
Um pássaro cantador
Cuidando dos seus filhotes
Com carinho e com amor.
Quando amanhece o dia
Faz uma cantoria
Anuncia com alegria
A primavera que chegou.
ô... ô...
As vezes é perseguido
Por um tal de caçador.
Ô...Ô...
Como é bonito dar carinho
E dar amor.


A minha parte eu já fiz
Vou me defender
Quebrei minha gaiola
Para não prender você.
Logo ao anoitecer
Volta pró seu ninho
Faz cantiga de Sertão
Com a chegada do verão.



A ÉPOCA DA FARTURA
Quando chegava a época  das festas Juninas.
Pedia pra meu pai comprar fogos, etá que gostosa emoção.
Não dá nem pra explicar
Aquela empolgação.
O forró tocava gostoso
na casa de vovô.
Logo ali na minha frente
uma fogueira bastante quente
assava o milho e vovô preparava
A Carne do novilho.
Que anunciava a fartura
no sertão, que brotava na
relva e ecoava na serra
o sabiá a cantar.

                             Anunciando a chuva na terra.
Um dia tantos vão recordar
Desse gesto simples
Ouvir um sabiá a cantar
Vê as estrelas a brilhar...
Fazer um verso
Dizer um repente
Eu que não troco a minha
Terra pelo o sonho de outras gente.



A VIDA.
Hoje, simplesmente paro penso
reflito e chego a uma conclusão.
A vida é uma constante mudança.
Ela é uma dança de vários ritmos.
Na adolescência o passo é apressado
Que chega a sair do compasso, talvez
Um rock, um blues, assim como todo
Baile tocam muitas músicas.
As de passos rápidos, com tempo vão
Perdendo a importância. Os passos vão
Perdendo a cada passo.
 Logo o ouvido entra em cena,
A dança perde a arena para o pulsar da
Emoção. Deixando aparecer a voz do
coração


O Sertanejo
Não importa a minha fala
Desajeitada, mansa ou com gagueira,
tropeçando nas palavras. Pois meu
coração é fogo que queima o roçado.
Que planta uma árvore, e descobre
Os horizontes.
Voa num sonho,
Constrói castelos de palhas
É escritor do acaso, conta tantos
Casos;
Que até o sulista,
Esqueci o Diploma de engenharista
Para ouvir um pobre diarista.


ÁVIDA

O nascer, o crescer e o morrer
É uma bandeira. Que meu pai
Recebeu e passará para mi.
Depois fico encarregado de pegar
Essa bandeira, cuidar, fazer todo
Jeito de conserva-la. Até chegar a
Hora de passa-la para os meus
Filhos. Esses cuidarão, respeitando
Os mesmos cuidados. Que por me
Foram aplicados. Se não obedecer
A bandeira pode ser rasgada ou
Levantada em terras estranhas

Terra

Mãe Terra.
Es tão bela as suas entranhas,
os rios, lagos e montanhas.Tão
simples de beleza complexa, de
raios que ilumina e cortam mares
Dando vida os pontos mais distantes
que podemos pensar.
Terra de onde vem os sons,
os mais belos que podemos imaginar
pássaros que voam de plumagem de
cores as mais diversas.
Terra de homens que pensam,
De sábios, inventores, de pessoas que
mudaram o mundo e não mudaram o
seu jeito de pensar.


 Terra tantos mexeram
Tantas culturas
Tanta fartura, tanta luxuria, no meio de
tanta bravura, ainda a injustiça.
Terra o que fazer, com o que ainda resta.
Amanhã será outro dia, nós somos um outro dia
Tudo depende de nós, a vida dos peixes, os animais
em geral e a nossa própria vida, estão na balança
estamos perdendo o controle dessa balança
Se nada for feito tudo isso vai se acabar..


Um velho sábio
Um dia lá nas terras que morava
Em uma das histórias
que um velho sábio contava
Me dava uma lição.
Dizia que foi rico, grande agricultor
que em todo sua vida, nunca uma
árvore plantou. Falava do canário e
até do condor.
Era grande e que em muita gente
Pisou. Nunca ouviu um conselho ,nem
Nunca falou de amor
Apenas recorda das lutas que travou.
Ainda recorda amargamente
De Ter brigado com tanta gente.
Sentindo que o ditado de muita
gente, lhe servia de gozação ainda paga
muito caro por ter ofendido um irmão.
Suas mãos cheias de calos
Diz muito contente
Sou muito feliz e falo
Pra toda gente.
Que o dinheiro não é nada
Aqui se faz
Aqui se paga
Se não tiver amor não tem nada.
No horizonte dessa estrada.



A seca
A caatinga está seca
O pó se levantou do chão
No umbuzeiro ninguém se ver flor
Até o riacho secou, levando o perfume da flor.
A danada fica quente
Que queima o pé da gente
O calor é tão insistente
Que do rosto sai água quente.
O sol que pela manhã é alegria
Traz a tristeza no manhecer do dia
Quando vejo a passarada
A vagar na estrada, onde ali corria o rio.
Apesar de tanto quente
Em suas entranhas restam sementes
Que além de alimentar
Faz brotar a vida novamente

História do Pau- Roxo
Todo Domingo era motivo de festa
Meu pai e meus irmãos, iam animados
Para a tal famosa corrida, onde a atraçâo
principal eram os cavalos de Tio Candio.
A moçada se alegrava, Ho!, a corrida
começou. De um lado alguém gritava,
eu aposto no cavalo de seu Elias.
Outros respondiam, a aposta maior é no cavalo
de Tio Candio, pois tinha fama na Região.
Quando gritaram Vá! O poeirâo cobria e todos ali,
numa só ansiedade hão de saber qual o cavalo
vencedor. Mais uma Vez os que apostavam no cavalo
do Tio Candio Saíra, vencedores.
Os boatos corriam, e mais uma vez os cavalos do Tio
Candio saíram vencedores. Muitas histórias se contavam
sobre os mesmos. O que se esconde por detrás desses
Cavalos tão velozes?
Seu Pedro em conversa com alguns amigos falava
Que quando os cavalos partiam em desparada, seu Candio
Pegava a areia que os outros animais jogavam e colocava
Por detrás da sua costa.
Mais tudo que se falava a respeito daqueles cavalos eram
Apenas boatos.Quando foi um dia seu Manoel fez uma visita
A seu candio e a verdade sobe aqueles cavalos velozes veio
A tona, o mistério tava simplesmente no amor que aquele homem
Tratava os seus animais.
Além de tratá-los com carinho o mesmo dizia; que a
cana-de-açúcar e um bom pasto eram o mistério que estava por
detrás das vitórias dos seus animais, tão cobiçados e admirados
por todos, frequentadores da corrida do Pau - Ferro.


O Pássaro
(A conversa)
Para, olha e não nota o tempo
Vê e não reconhece a se mesmo.
Representa e enfeita o nosso meio,
com o seu canto.
Mais a vontade de viver, faz mover
De um lado para o outro e embeleza
A natureza com a sua mensagem cantada.
Os seus acordes são profundos
Que fazem pessoas suspirarem
E redescobrir a vontade de viver
E colaborar na construção de
um ser mais justo.

ÉPOCA DE APARTACÃO
Fui criado na fazenda
Olhando o gado, junto com
O meu irmão.
Tinha muita animação
Quando era época de apar-
taçâo.
Eu venho do Norte
Com um coração
Forte.
Criado no trabalho
Calo na mão
Essa é a vida
No sertão.
Ainda dizem muitos
Que Nordestino puxa
Cobra para os pés.





Cheiro de Terra Molhada
É bom quando amanhece
E agente sente na baixada
O cheiro de terra molhada
E o sabiá cantando na estrada.
No curral da minha morada
Ouço o berrar da bezerrada
E logo o sol vai sumindo, a lua
vem saindo pego o meu violão,
pra frente da casa vou indo.
Me deparo com os meus pensamentos
e um pedido vai surgindo.
Pedido de união, que todos lêem esse
Refrão.


Mensageiro de Paz
Data: 07/05/1996.
É bonito ver a aurora desse dia lindo.
Pois b trás os meus pensamentos de paz
E liberdade. Que muitos tentam esconder e
Se fazem "Lobos da Escuridão, a procura de
Sangue. Atraídos por forças negativas e per-
tubão o nosso sono.
Há se fossem, "Lobos da Lua, pois estes
Agem como Lobos e não são representantes
falso da realidade. Que vende a nossa pátria e
Corrompem a sociedade.
Somos nós algo de verdade?
Ou apenas pessoas de identidade.
Sou missionário, a minha missão é
Cantar pra vocês.
Trago no meu peito, uma mensagem de paz.
Serei incapaz de levar a guerra
Pois, sou um mensageiro de paz.

IMIGRAÇÃO
De estação, a estação
A uma constante imigração
Pássaro nascendo, voando
E outros acasalando todos
Com um só destino.
Aquela lagoa de águas cristalinas
de imensas taboas e conchinhas de
Caramujos.
Ali vão passar maior parte de sua vida,
fazer ninhos, criar filhos
E a caça insensata de sua alimentação.
As trovoadas, os ventos batem sem parar
assim como a estação seca que acaba
de chegar. Com a seca vai se as águas
secando o Lago.
E mais uma vez os pássaros saem a procura
de um local para procriarem continuando assim
O ciclo de vida.
Como os humanos na busca da sobrevivência
Só que agindo de maneira instintiva, respeitando
o seu próprio meio.






Navegantes da Poeira"
Da uma emoção
quando falo da minha
região lugar de poucos
verdes na caatinga do sertão
Aqui o ar é mais quente
chuva que cai é semente
nessa terra ardente dessa
gente competente que
engrandece a nação
São navegantes da poeira
em que o mar é a capoeira
que não tem nenhum "intento"
assim caminha contra o vento
Remando com os seus braços
caminhando passo a passo como
faz o coração assim toca a vida
pra ganhar o pão.


O Dia da Verdade
Os olhos enchiam-se de lágrimas
que molhavam o meu rosto, meus pés
ficavam plantados de frente o curral, meus
ouvidos a escutar o sabiá que não parava de cantar.
O carro estava à minha espera
para do Norte me separar
E como um gavião peguei voo
do meu sertão.
Nos meus pensamentos nunca irão
De faltar. A vontade de voltar pra
minha terra. Rever aquela serra, sentir
o cheiro da terra. Êta que vontade desse
dia chegar.


O ENTARDECER
De uma pedra estava ali, a porta de entrada,
a mais bela visão, que se pode ter do entardecer.
Os raios que desciam, por entre as águas, tomavam
a cor Laranja - Azulada. As ondas que batiam, molhavam
os meus pés.
Os lábios ficavam tremendo, pois, como um martelo a noite
caia sobe minha cabeça e em seguida ficava a ver estrelas.
Cheguei até da nome a algumas delas.
Estrela de "ODAN", que ao mesmo tempo,
seria o meu nome ao contrário. Estrela da paz etc...
Na volta pra casa, meu coração cheio de versos.
Fazia uma agonia, até a minha boca ardia. Meus
dedos locomovia a tocar versos da tão temida noite fria.
Nessa hora soou, um verso que nenhum poeta
imitou.
Brotou a palavra amor, que meu coração acalmou,
ai como uma nuvem que passa, a noite se acabou.
Só a voz soava, no compasso do meu violão.
que imitava o cantar dos pássaros, sabiá manso do sertão.

Cadê?
Cadê?
Nossa cultura
O brilho dos artesãos
O romantismo dos poetas
A farinha de tapioca
O bejjú de Coco.
Cadê?
A história dos morros
Do pau - ferro
Que deu origem à nossa terra
Das tropas que por aqui passavam
E movimentavam.
Cadê?
As pastagens que alimentavam o nosso
rebanho
Rico de vários espécies
Bovino, caprino, equino, ...
Além .,.
Cadê?
O nosso comércio da carne de charque
Da rapadura, farinha, mamona
E até mesmo do laço
P/ pegar o boi
No pasto


Cadê?
Tá na nossa memória
No nosso querer
As mudanças que agora hão de acontecer
Sei que Planaltino é menino
Não deixe esse menino morrer.


  
O CICLO DA VIDA

   Ao nascer como um pequeno olho D´água, a criança tem um caminho a percorrer, enfrentando obstáculos e coordenando-o caminho que facilite a sua jornada. Agora como filete d’água de brilho cristalino, começa a entender,  descobrir a respeito do vigor de sua vida e do poder de ser jovem. Querendo mudar o mundo arrastando tudo que vem a sua frente, carregando consigo a sabedoria como pequenas partículas que são escavadas no estreito córrego “a vida” respeitando limites entre a liberdade do declive em meio a rochas que são esculpidas deixando suas marcas. Entre vales de caminhos profundos depositando o que foi aprendido a vida adulta agora é mais paciente sobrevivendo do contorno e de marcas deixadas dos seus descendentes.     
Reinaldo Cardozo
21 de setembro 2005.



FOLCORE
Reinaldo Cardozo

Falar em folclore
Engrandece a minha alma
Pois lembro dos meus antepassados.
É como falar de cada um de nós
Da existência de um imenso universo
Das caixoeiras que dão vida e beleza a nossa mãe terra.
Folclore é dar vida a algo fictiço
Que encanta e que transforma o interior das pessoas
Fazendo com que o mundo tenha um toque especial.

  

Vida renovada
08/setembro de 2004.


Mais um dia lindo
os passáros cantam por entre as serras
as folhas voltam ao chão dando vida ao solo
e eu estou a esperar as chuvas para que tragam
folhas prá dar vida a minha árvore.

Esperando as trovoadas, as enxurradas, os vales encharquidos , o cheiro de terra molhada,
o sabiá a cantar na baixada/ tudo isso prá
ver novamente uma folha verde / o verde
da esperança e da vida.

Depois do aparecer das folhas
ela ganha forma “vigor”
começa a fazer sombra, suas flores
indicam o sorriso. A vida renovada agora
produz seus frutos de doce inigualavel que
vai além do paladar, que sentimos no intimo da alma.
Reinaldo Cardoso.


VIDA
Reinaldo Cardozo

A vida é um pincel sem parada
que sai contornando obstáculos
dentro e fora rasgando a alma
a desafiar o tempo.

Ela se faz misteriosa
mas apenas um pincel de furta cor
revela seus segredos, seu compasso, o ritmo da
dança, a melodia que só a alma consegue ouvir.

Como um raio que rasga do Norte ao Sul,
do suspiro, ao adormecer, do galopar das lavas
em chamas de um vulcão em erupção, que vai
pincelando os vales, destruindo, para dar nova vida.


O rolar das pedras, a luta das águas
para encontrar o caminho, o dia com
seu rosto lindo, a noite cheia de rugas,
as plantas de espinhos com sua defesa
Ô vida, ô vida....



Uma luz na escuridão
26/04/2006



Acordei com uma leve sensação de quer iria mudar o mundo
Pode ser um absurdo está afirmação
Mas acredito que irei
Irei sim mudar o mundo.

Daqueles que pensão pequeno
Que acham o mundo uma merda
Dos que estão no poder querendo
Controlar a tudo e a todos.

Dos racistas que tem uma mente pequena
E não conseguem perceber que
O nosso branco é o preto desbotado.

  
Aqueles que acham que são eternos
Não vão viver o suficiente para contar
Os seus feitos para as gerações futuras
Ficando apenas eternizadas por um livro ou coisa parecida.

[[Reinaldo Cardozo

  

A CHUVA
07/03/2006


Assim como o sol de brilho intenso
Esconde-se no horizonte ao cair da tarde
A seca fenômeno de vida e morte
Recebe o choro de nuvens que clamam.

Oh! Terra, por que estás tão enrugada?
Nos leitos dos teus rios
Pedras que não rolam mais
Peixes que não sobem para suas cabeceiras.

Por isso que choro
Pra ver brotar novamente
Águas correr da vertente
Até que pedras virem lama.

Enxugarei minhas lágrimas
Ao ver transbordar os rios

Ao sentir a pancada de delicados toques
Dos umbuzeiros em choque provocado pelo vento do Norte.


Vento que trará chuva forte
Relâmpagos que vai do Sul ao Norte
Traz alegria e nos da muita sorte
Mais uma vez chove, mais uma vez chove...




Mãe

Mãe terra, mãe das águas, mãe dos sem terras, mãe de todas as nações.

Mãe minha, mãe sua, fico até sem fôlego por pronunciar o sinônimo daquela que nos trouxe a vida.

Ela que está ou esteve sempre presente na minha, na sua, nas nossas vidas.

Sinto o gosto do rolar das lágrimas de tantos filhos que perderam suas mães.

Fico ainda, mas triste quando percebo que existem filhos que desprezam suas mães.

Sempre depois de uma vitória ou uma derrota, estará sempre à frente uma mãe para nos abraçar, nos beijar ou até enxugar nossas lágrimas.


03/05/2006


  
OLHAR

Olhos chama que  queima
Fogueira de brasas ardente
Sinto-me perdido
A mira do teu olhar

Não consigo agarrar
Nem pegar, meus dedos ficam distantes.
Como o sol e a lua que pertencem o mesmo universo
E vivem de desencontros.

Como o farol que guia os barcos em noite de lua
As  pedras que ficam próximas da margem
Me segura, fico sem força e tomo outro rumo. 
Autor:  Odan

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